Por Paulo Vinícius Coelho, o PVC
O sucesso dos clubes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes não é questionável. É definitivo. É um recorde ter dois representantes nas quartas de final. Mais do que Espanha, França, Inglaterra, Itália e Arábia Saudita. Rival, só a Alemanha. A Argentina passou longe.
Tem de ser um símbolo.
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Não significa que o Brasil esteja na elite do futebol do planeta. Por mais repetitivo que seja, vale sempre lembrar a transformação do futebol de clubes com a Sentença Bosman como fronteira. Depois de os jogadores serem equiparados a trabalhadores de outras categorias, a permissão para trabalhar sem limite de estrangeiros fez brasileiros, argentinos e uruguaios jogarem com passaportes das nacionalidades de seus pais e avós. Sem limite, o Brasil virou só vendedor.

Não precisa mais ser assim. Ainda que o dólar a R$ 5,46 intimide, a noção é que se pode fazer uma liga capaz de rivalizar com Itália, França e Alemanha. Talvez não tanto com Inglaterra e Espanha.
Não temos lixo nem ouro
A palavra “liga”, tão ouvida nos últimos trinta anos, não representa tanto assim. A Liga Italiana transformou ouro em lixo, enquanto a Inglesa pegou lixo e o tornou ouro. A diferença é que os ingleses trabalharam seu campeonato do ponto de vista econômico, enquanto os italianos sempre foram políticos.
Em outras palavras, durante os últimos trinta anos os ingleses plantaram uma árvore, trataram de adubá-la, irrigá-la, formaram uma raiz sólida e um tronco forte. Aqui, ainda se olha para o tamanho dos galhos. Os ingleses sabem que os galhos serão maiores ou menores, mas todos precisam ser verdes e saudáveis. Ou a árvore morrerá.
Estêvão no Playstation
Isto implica oferecer mais condições de trabalho e de exposição de seu talento para jogadores brasileiros. Estêvão enfrentará Cole Palmer pela primeira vez, vestindo a camisa do Palmeiras contra o Chelsea. Talvez seja o seu último jogo de verde. Uma das razões de querer ir ao Chelsea é por jogar com Cole Palmer no Playstation. Acredite, não tem time brasileiro nestes jogos eletrônicos.

É preciso pensar diferente, sair da caixinha, evitar julgar que o único lugar do futebol brasileiro no mundo globalizado é o de vendedor. Também não é o de comprar quem a Europa não deseja, mas de manter jogadores de primeira categoria por mais tempo.
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Se o Botafogo pode ganhar do Paris Saint-Germain, se o Flamengo vence o Chelsea, se o Fluminense ganha da Internazionale, tudo isto indica que é possível ter um campeonato mais relevante. Meu primo Jorge, residente em Sintra, Portugal, diz que não sabia nem sequer os nomes dos times da Série A do Brasileirão. Hoje, assiste a tudo, sabe de tudo, sobre Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Corinthians, São Paulo…
É só trabalhar
A elite do futebol tem clubes não presentes ao Mundial. Liverpool, Arsenal e Barcelona são os casos mais explícitos. Mas o Brasil se mostra na segunda prateleira. Abaixo de PSG, Inter, Bayern de Munique, mas com vitórias sobre alguns deles. Pelo amor de Deus! É preciso acreditar que o Brasileirão pode ser mais relevante do que é hoje. É só trabalhar.