O Botafogo brincou com o perigo, mas ao final cumpriu seu papel na estreia do Mundial de Clubes da Fifa. No jogo que tinha obrigação de vencer — ou ao menos de não tropeçar —, o time da Estrela Solitária impôs-se sobre o Seattle Sounders, o adversário mais fraco do temido “grupo da morte”. A vitória por 2 a 1, desenhada ainda no primeiro tempo, deixa o clube brasileiro vivo e confiante na briga por uma vaga nas oitavas de final, que será definida nos confrontos diretos com os dois gigantes europeus da chave: PSG e Atlético de Madrid.

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O primeiro tempo foi de absoluta superioridade do Botafogo, que abriu a vantagem com dois de cabeça, marcados por Jair e Igor Jesus. Na etapa final, no entanto, o time recuou muito e chegou a ser dominado pelo rival norte-americano, que teve o mérito de lutar muito pela virada. No final prevaleceu a maior capacidade técnica dos brasileiros. Se fosse um pouquinho melhor, o Seattle teria pelo menos empatado o jogo, tantas foram as chances que criaram e desperdiçaram à frente do goleiro John.

Jair marca o primeiro gol do Botafogo no Mundial de Clubes da Fifa: vitória por 2 a 1 no Seattle / Botafogo

Superada a tensão e os sustos da estreia, o Botafogo ganhou moral. E também ganhou tempo para se preparar com mais serenidade para os desafios que, agora, serão de outro nível — tanto técnica quanto emocionalmente. Se o primeiro passo era espantar a zebra, agora o torneio começa de verdade — e com ele, a dúvida que ronda todo clube sul-americano no cenário atual: é possível competir de igual para igual com os gigantes europeus?

Vem PSG!

A estreia vitoriosa contra o Seattle Sounders, embora importante, não serve como termômetro para medir o potencial do Botafogo diante de um colosso como o Paris Saint-Germain, adversário da próxima quinta-feira. O time francês chega como atual campeão da Champions League, embalado, cheio de recursos técnicos e financeiros — e dono de uma rotação de jogo muito acima da encontrada na MLS ou no futebol brasileiro. É outro jogo. Outra atmosfera. E outra exigência.

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Mas há um ponto a favor: a vitória na estreia dá ao Botafogo a chance de jogar com margem. Um novo triunfo pode até significar classificação antecipada para as oitavas de final, o que seria um feito notável dentro do grupo mais duro do Mundial. O desafio é manter o nível de concentração, físico e competitividade — e elevar o sarrafo técnico.

É esse teste que o Botafogo terá pela frente. Contra o PSG e, depois, contra o Atlético de Madrid, estará em campo não só por sua vaga, mas por um símbolo: de que ainda é possível sonhar com protagonismo global vindo do Sul — desde que haja projeto, identidade e coragem para enfrentar os gigantes de frente.

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