É importante destacar as “escolas” presentes no Mundial de Clubes da Fifa e as formas encontradas pelos times mais fracos de superar os mais fortes, como se viu em duas partidas desta segunda-feira nos Estados Unidos: na vitória do Fluminense sobre a Inter de Milão e, principalmente, do Al-Hilal, ex-clube de Neymar, diante do poderoso Manchester City, de Pep Guardiola. Foi a primeira vez que um time saudita ganhou do treinador espanhol.
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O futebol no Mundial de Clubes mostra que há vários caminhos para o futebol e nenhum deles é certo ou errado. Por exemplo, o City insistiu em passar por dez jogadores do Al-Hilal em sua defesa e não mudou a forma de atuar. Ficou com a bola de lá para cá tentando encontrar as brechas, que pareciam impossíveis. Diferentemente desse estilo, o técnico italiano Simone Inzaghi entendeu o potencial de seus jogadores e apostou na defesa total e nas saídas muito rápidas em contra-ataques. Deu certo.

Quem acompanhou a partida dessas duas escolhas diferentes teve a sensação de que o Manchester City corria muito mais riscos do que o saudita Al-Hilal. Dito e feito.
A regra permite
Guardiola comentou sobre a forma defensiva do adversário, mas não há nada na regra do futebol que impeça um time de se retrancar e jogar nos contragolpes. Nada. São estratégias. Isso é o legal do jogo, principalmente quando há forças díspares em campo.
É uma vitória de todo mundo, mas não deixa de ser uma vitória pessoal também, porque eu sou pago para pensar. E no momento que eu armo o esquema de jogo, eu sei o que estou fazendo. Muita gente acha que o Renato é isso, é aquilo. Que não entende muito de parte tática. A coisa que eu mais entendo é a parte tática. Mas eu não preciso chegar aqui e falar de tática com vocês. Não tenho de dar explicações, com todo o respeito a vocês, da parte tática. Tenho de falar de parte tática com o meu grupo.
RENATO GAÚCHO
O mesmo foi mostrado pelo “malandro” Renato Gaúcho. Malandro no bom sentido. Experiente, ele armou um Fluminense diferente contra a Inter de Milão. Já tinha feito isso no empate com o Borussia Dortmund. Mas desta vez, Renato também liberou seus jogadores para atacar, em bloco ou mesmo apenas com Arias e Cano. Deu muito certo.
E quando dá certo, vira referência. Aliás, o Fluminense segurou dois europeus de peso neste Mundial. O primeiro foi o Borussia Dortmund. Não diria que esses times estão entre os melhores times do Velho Continente, mas são respeitados em seus paises.