O Mundial de Clubes da Fifa vai ser o maior legado do presidente Gianni Infantino ao futebol. É dessa forma que o dirigente vislumbra a primeira de muitas edições da competição, que continuará sendo realizada de quatro em quatro anos no formado da Copa do Mundo de seleções. Fazia tempo que a Fifa queria competir com a Uefa, entidade europeia que organiza a já tradicional Champions League.
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Com o Mundial de Clubes (a entidade não deve usar o nome Copa do Mundo para não confundir com o torneio de seleções), a Fifa abre uma janela para ter os dois maiores produtos do futebol nas mãos.

Na mão direita ela tem a Copa do Mundo, competição vencida pela Argentina em sua última edição, no Catar, em 2022. E na mão esquerda o novíssimo Mundial de Clubes com 32 times de todos os continentes. Vale ressaltar que aquele Mundial que conhecemos, realizado todos os anos, com o campeão da Libertadores e da Liga dos Campeões, entre outros, continua sendo disputado a cada fim de temporada no Brasil. Ele passa a se chamar Copa Intercontinental.
Mundial vai competir com a Champions?
Há a possibilidade de o Mundial de Clubes da Fifa, esse que vai começar neste sábado nos Estados Unidos, ser intercalado com dois anos de distância da Copa do Mundo, de modo que a Fifa tenha dois grandes torneios a cada duas temporadas. O formato, no entanto, foi pensado para testar o país-sede da Copa do Mundo de seleções um ano antes de sua realização, com a intenção também de acompanhar as obras necessárias para a competição mundial.
Mas para que haja datas para o Mundial de Clubes, mesmo a cada quatro anos, o futebol precisa encontrar tempo no calendário já apertado de partidas dos clubes. Não é só jogar. É jogar e se preparar. O futebol brasileiro sofre muito com esse problema, com mais de 70 jogos por ano. O europeu também não quer colocar mais um evento em seu calendário esportivo. Essa primeira edição foi empurrada na marra para os clubes do Velho Continente. Houve reclamações. O próprio Carlo Ancelotti, quando estava no Real Madrid, disse que o clube espanhol não jogaria a competição.

Portanto, de agora em diante, a Fifa, juntamente com seus pares nos continentes e federações nacionais, passa a buscar um jeito de organizar todas as competições sem arrebentar fisicamente com os atletas. De modo que no Brasil, a CBF se comprometeu a tirar datas dos torneios estaduais, que não existem em lugar nenhum do mundo. O Cariocão, por exemplo, vai ter apenas dez rodadas.
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Infantino acredita que o Mundial de Clubes veio para ficar. Seu formato e sua representatividade agradariam muito mais se a disputa fosse realizada em países que têm o futebol como seu primeiro esporte, o que não é o caso dos Estados Unidos. Mas a Fifa não quis correr riscos e oficializou a disputa em solo americano.
Segunda edição na América do Sul?
Em 2029, como países sul-americanos, como Argentina e Uruguai, vão receber partidas da Copa do Mundo de 2030, pelo centenário da competição, a Fifa não descarta a possibilidade de realizar a segunda edição do Mundial de Clubes na América do Sul. No continente, os torcedores são apaixonados pelo futebol e acompanham quase todos os clubes da Europa. Espanha e Portugal também estão no páreo.