Cristiano Ronaldo não joga mais por fama, por contratos ou por glória. Ele joga porque é comprometido com algo maior: a excelência. Aos 40 anos, o craque português continua a desafiar o tempo e os limites do corpo humano com uma disciplina que impressiona — e ensina. Em um cenário onde é cada vez mais raro ver atletas manterem o alto nível após os 30, o que ele faz beira o inacreditável.

Seja um parceiro do The Football

Cristiano já conquistou tudo. Esportivamente, é um dos maiores de todos os tempos. Financeiramente, está entre os mais bem-sucedidos da história. No imaginário popular, há muito tempo cravou seu nome entre os imortais do futebol. Nada disso, no entanto, diminuiu sua sede. Nada disso o tornou acomodado. Ao contrário: ele parece ter se tornado ainda mais rigoroso consigo mesmo.

Cristiano Ronaldo ergue o troféu da Liga das Nações, em vitória de Portugal contra a Espanha nos pênaltis / Instagram

Na final da Nations League, diante da favorita Espanha, ele foi mais uma vez decisivo para Portugal. Aos 40 anos, liderou dentro e fora de campo. Não com lampejos, mas com constância. Não com marketing, mas com entrega. O bicampeonato português na competição foi, também, a consagração de um atleta que transformou obsessão em método, e método em legado.

CR7 se recusa a cumprir tabela

Atuando hoje fora do eixo das grandes ligas europeias, Cristiano poderia simplesmente cumprir tabela. Mas segue treinando com a mesma intensidade de seus tempos de Real Madrid, Manchester United e Juventus. Ele continua jogando com seriedade, respeito e ambição. Como se a cada jogo ele ainda estivesse construindo sua história — mesmo que ela já esteja escrita em letras douradas.

SIGA THE FOOTBALL
Facebook
Instagram
Linkedin
Threads
Tik Tok

Pela seleção portuguesa, os números assombram: 220 jogos, 138 gols, 45 assistências, uma Eurocopa e duas Nations League. É o maior artilheiro da história das seleções. Mas, mesmo diante de tantos recordes, ele ainda tem planos. A meta agora é alcançar os mil gols na carreira. Já são 938 oficialmente. Faltam 62. Um objetivo ambicioso — mas ninguém duvida que ele vai tentar. Com afinco, método e alma.

Paralelo com Neymar é doloroso

Cristiano não precisa ser exemplo. Mas é. E, por contraste, sua trajetória escancara o vazio de outros talentos que não cuidaram da carreira com o mesmo zelo. No Brasil, o paralelo com Neymar é inevitável — e doloroso. Enquanto o português parece se reinventar para seguir relevante, nosso craque nacional se vê cada vez mais distante do protagonismo que já teve. O tempo passa para todos. Mas alguns, como Cristiano Ronaldo, escolheram não desperdiçá-lo.

O futebol sempre foi território de talento. Mas talento, sozinho, não sustenta legado. É o compromisso que transforma grandes jogadores em referências eternas. E Cristiano Ronaldo é, hoje, a encarnação desse compromisso. O futebol agradece.

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui