Cristiano Ronaldo não joga mais por fama, por contratos ou por glória. Ele joga porque é comprometido com algo maior: a excelência. Aos 40 anos, o craque português continua a desafiar o tempo e os limites do corpo humano com uma disciplina que impressiona — e ensina. Em um cenário onde é cada vez mais raro ver atletas manterem o alto nível após os 30, o que ele faz beira o inacreditável.
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Cristiano já conquistou tudo. Esportivamente, é um dos maiores de todos os tempos. Financeiramente, está entre os mais bem-sucedidos da história. No imaginário popular, há muito tempo cravou seu nome entre os imortais do futebol. Nada disso, no entanto, diminuiu sua sede. Nada disso o tornou acomodado. Ao contrário: ele parece ter se tornado ainda mais rigoroso consigo mesmo.

Na final da Nations League, diante da favorita Espanha, ele foi mais uma vez decisivo para Portugal. Aos 40 anos, liderou dentro e fora de campo. Não com lampejos, mas com constância. Não com marketing, mas com entrega. O bicampeonato português na competição foi, também, a consagração de um atleta que transformou obsessão em método, e método em legado.
CR7 se recusa a cumprir tabela
Atuando hoje fora do eixo das grandes ligas europeias, Cristiano poderia simplesmente cumprir tabela. Mas segue treinando com a mesma intensidade de seus tempos de Real Madrid, Manchester United e Juventus. Ele continua jogando com seriedade, respeito e ambição. Como se a cada jogo ele ainda estivesse construindo sua história — mesmo que ela já esteja escrita em letras douradas.
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Pela seleção portuguesa, os números assombram: 220 jogos, 138 gols, 45 assistências, uma Eurocopa e duas Nations League. É o maior artilheiro da história das seleções. Mas, mesmo diante de tantos recordes, ele ainda tem planos. A meta agora é alcançar os mil gols na carreira. Já são 938 oficialmente. Faltam 62. Um objetivo ambicioso — mas ninguém duvida que ele vai tentar. Com afinco, método e alma.
Paralelo com Neymar é doloroso
Cristiano não precisa ser exemplo. Mas é. E, por contraste, sua trajetória escancara o vazio de outros talentos que não cuidaram da carreira com o mesmo zelo. No Brasil, o paralelo com Neymar é inevitável — e doloroso. Enquanto o português parece se reinventar para seguir relevante, nosso craque nacional se vê cada vez mais distante do protagonismo que já teve. O tempo passa para todos. Mas alguns, como Cristiano Ronaldo, escolheram não desperdiçá-lo.
O futebol sempre foi território de talento. Mas talento, sozinho, não sustenta legado. É o compromisso que transforma grandes jogadores em referências eternas. E Cristiano Ronaldo é, hoje, a encarnação desse compromisso. O futebol agradece.