A tempestade até ameaçou, com raios cortando o céu de Nova Jersey e trovões ecoando sobre o MetLife Stadium. Mas a chuva mesmo — aquela prevista, que poderia atrapalhar o jogo — ficou só na ameaça e depois da partida. Quem chegou, de fato, e não enganou ninguém foi o Palmeiras. Com autoridade, o Verdão venceu o Al-Ahly por 2 a 0, garantiu-se virtualmente na próxima fase do Mundial de Clubes e mostrou que, ao contrário do clima, é pura estabilidade. O time de Abel Ferreira parece cada dia mais pronto para cumprir seu sonho mais desafiador.
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Nem os 45 minutos de paralisação por risco de raios e retomada foram capazes de tirar o time brasileiro do eixo. Depois de um primeiro tempo travado, tenso e com apenas um lampejo de Estêvão como chance real, o Palmeiras voltou transformado para a etapa final — e isso tem nome e sobrenome: Abel Ferreira. Com as entradas de Maurício e Flaco López, o time ganhou outra cara. Ganhou força.
O placar foi construído com lógica e contundência. Aos 3 minutos, Abou Ali desviou contra o próprio gol após cobrança de falta de Aníbal Moreno. Aos 13, Maurício achou Flaco, que não desperdiçou. Dois gols, dez minutos e um sinal claro de que há mais força no banco do que se imagina — e talvez até mais solução do que Abel vinha utilizando.
Flaco pede passagem
Flaco, aliás, tem se tornado um personagem à parte. Toda vez que entra, corresponde. Marca, participa e muda o jogo. A reserva parece menos uma opção técnica e mais uma decisão tática — mas cada vez mais difícil de justificar. A dúvida que se impõe é: até quando ele ficará atrás na fila?
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Com quatro pontos conquistados em dois jogos, o Palmeiras precisa apenas de um empate contra o Inter Miami para se garantir matematicamente nas oitavas. Está perto. E, mais do que isso, está firme. O Mundial de Clubes é longo. Exige elenco, comando e adaptação. E o Palmeiras mostrou ter os três. A chuva que ameaçava ficou só no barulho. Quem veio com força mesmo foi o Verdão.
