O Mundial de Clubes da Fifa, que começa neste sábado, dia 14, em Miami, é o maior torneio de clubes já organizado pela entidade. Mas o que está em jogo vai muito além da bola rolando. Com US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) em premiações distribuídos entre os 32 participantes, a nova competição inaugura uma era em que a glória esportiva vem ladeada de cifras inéditas.

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Para atrair os grandes da Europa — historicamente reticentes com a competição —, a Fifa escancarou os cofres. E conseguiu. Serão US$ 1 bilhão distribuídos entre os clubes. Só pela participação na fase de grupos, os representantes do Brasil — Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Botafogo — recebem US$ 15,21 milhões (R$ 84,2 milhões) cada. Um valor que supera, por exemplo, a premiação destinada ao campeão da Libertadores. E que chega como um alívio imediato aos caixas combalidos do futebol brasileiro.

Mundial de Clubes da Fifa: competição que começa neste sábado, dia 14, é uma grande vitrine de negócios do futebol / Fifa

Mas, como era de se esperar, a partilha não é igual para todos. Os clubes europeus — beneficiados por rankings e coeficientes técnicos — vão receber ainda mais: até US$ 38,19 milhões (R$ 211,5 milhões) só pela presença. E se algum deles levantar a taça com campanha perfeita, acumulando vitórias desde a fase de grupos, o montante pode chegar a US$ 102,8 milhões (R$ 570 milhões). Uma cifra que transforma o torneio da Fifa em um dos mais lucrativos da história do futebol.

Versão global da Champions

A mensagem é clara: a Fifa quer posicionar o Mundial de Clubes como sua versão global da Liga dos Campeões — financeiramente atrativa, tecnicamente relevante e comercialmente poderosa. É o Mundial como vitrine de negócios, exposição de marca e espetáculo midiático. Cabe aos clubes entenderem o jogo. A participação no novo Mundial é uma oportunidade rara de retorno institucional, valorização esportiva e ganhos imediatos. Mas é também um alerta: o futebol que se internacionaliza precisa, antes de tudo, se profissionalizar.

Mundial de Clubes da Fifa: entidade presidida por Gianni Infantino parou todos os outros campeonatos do mundo / Fifa

A América do Sul entra no torneio em desvantagem técnica e econômica. Mas entra. Com história, com torcida, com o peso simbólico de quem já dominou o planeta. A chance de vencer pode ser pequena. Mas a de aprender — e se preparar melhor para os próximos ciclos — é imensa. Porque o Mundial mudou. E quem não entender isso corre o risco de ficar para trás.

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