O Atlético de Madrid está no Grupo B do Mundial de Clubes da Fifa, ao lado do PSG, recém-campeão da Champions League, e do Botafogo, atual vencedor da Libertadores. Mesmo assim, o time espanhol é um dos favoritos a ficar com uma das duas vagas da chave. O segredo do Atlético? Seu treinador, o argentino Diego Simeone, jogador duro no meio de campo da Argentina e que levou seu jeito de jogar para o clube madrilenho há uma década.
“Estamos ansiosos para representar o Atlético neste palco”, disse o treinador à Fifa dias antes de começar a competição nos Estados Unidos, dando o tom do interesse dos times da Europa ao torneio e respondendo aos torcedores brasileiros, cujas equipes estão também na disputa, como Flamengo, Palmeiras, Botafogo e Fluminense. Então, para quem acha que os europeus vão ao Mundial para passear, Simeone diz o contrário disso. O Atlético de Madrid pode ser rival do Palmeiras nas oitavas de final.
“Todos nós temos uma forte noção do que significa representar a Espanha e o Atlético no Mundial de Clubes, e daremos o nosso melhor. Será muito parecido com a Copa do Mundo, mas com times de clubes. Os estilos de futebol sul-americano e europeu são tão diferentes, o que tornará o jogo emocionante e divertido, especialmente para os torcedores que não estão acostumados a ver esses clubes jogarem”, disse o treinador.
‘Finais’ a partir das oitavas
A Fifa corre para vender os ingressos das partidas. As entradas sofreram quedas acentuadas no valor, de até 30%. Tudo para não ter estádios vazios. Por enquanto, a entidade enfrenta dificuldades para motivar os torcedores americanos.
Simeone admitiu que o seu primeiro desafio é se classificar na fase de grupos. Vale lembrar que os clubes da Europa estão em fim de temporada. O Mundial é um torneio novo no calendário europeu. O técnico diz que a partir das oitavas de final, o torneio será diferente das Liga dos Campeões porque só há uma partida eliminatória e não dois jogos, de ida e volta. “É mais como a Copa do Mundo, onde o time em melhor dia pode vencer.” Simeone vestiu a camisa da Inter de Milão e do River Plate como jogador. Os dois clubes estarão também no Mundial da Fifa.
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Simeone comentou sobre Lionel Messi, do Inter Miami, clube que está no grupo do Palmeiras na competição. Disse com muito carinho da estrela argentina e também do seu grande companheiro de vida e futebol, Diego Maradona, por quem a Argentina sempre se dobrou.
“O que mais posso acrescentar sobre Maradona e Messi que ainda não tenha sido dito? São dois jogadores extraordinários, facilmente os melhores do mundo e, sem dúvida, de classe mundial. Tive a sorte de jogar com Maradona no Sevilla e com a seleção na Copa do Mundo, e me senti realmente muito sortudo por ter compartilhado esse tempo com ele”, disse Simeone. “Mas nunca tive a oportunidade de trabalhar com o Messi, nem como treinador nem como jogador. No entanto, tudo o que ele conquistou, a forma como cresceu, a passagem pela seleção ultimamente, isso o diferencia. Temos sorte de ambos serem argentinos”.
