Com menos jogos e tempo de exposição na vitrine, o Paulistão 2026 também pagará menos para os 16 clubes participantes da competição. São 11 datas e pode haver 12, dependendo do desejo da CBF para que o torneio tenha a final em jogos de ida e volta. Os quatro grandes clubes do Estado ganharam R$ 44 milhões na edição passada. O campeão Corinthians ainda levou R$ 5 milhões. E o Palmeiras, vice, ganhou R$ 1,6 milhão.
Em 2026, nesse novo formato, a Federação Paulista de Futebol (FPF) terá de pagar menos. A entidade ainda não definiu os valores, mas estima-se que seja na casa dos R$ 35 milhões. Portanto, R$ 9 milhões a menos do que na disputa deste ano.

Isso é um problema para a FPF. A premiação ainda é boa para um campeonato de dois meses apenas. Os contratos dos patrocinadores serão revistos, assim como a receita da TV e todas as outras. É natural que isso aconteça. A CBF não vai colocar dinheiro nos Estaduais. Ela já paga uma mensalidade para as federações regionais de R$ 215 mil. Em princípio, esse valor não será revisto porque a CBF tem feito novos investimentos no futebol nacional, como o uso da tecnologia do impedimento e da preparação dos árbitros.
FPF precisa atrair clubes e torcedor
De modo que a FPF vai precisar encontrar caminhos para manter o Paulistão atrativo para os clubes grandes. Os menores estão satisfeitos. O torcedor também terá de dividir a atenção do estadual com o Brasileirão, que começa dia 28 de janeiro. Menos jogos e jogos melhores e mais bem disputados podem atrair o público. Os times grandes devem ter boas rendas em casa, pelo menos Corinthians e Palmeiras. O Santos vai depender do seu destino na Série A e da presença ou não de Neymar no time. O São Paulo precisa da vaga na Libertadores para reconquistar o seu torcedor.

Pagar menos aos quatro grandes de São Paulo pode diminuir a atenção desses clubes. Já há uma leitura de que o Estadual é uma fase de “preparação” para os times na temporada. O Paulistão dá vaga para a Série D do Brasileiro (os três mais bem classificados que não estejam na Série C, B e A) e para a Copa do Brasil (os cinco primeiros na classificação geral).
Ideias para o Paulistão
A FPF precisa trabalhar melhor esses pontos para valorizar o Estadual com menos datas. Além de tentar aumentar a premiação e não reduzi-la, a entidade comandada por Reinaldo Carneiro Bastos poderia bolar mais atrativos para os clubes e para os torcedores, de modo a engajar a atenção de todos e receber aplausos mais fortes. O caminho que me ocorre nesse momento é aumentar a premiação ao campeão, porque isso depende apenas da entidade. Para os padrões do futebol, o prêmio de R$ 5 milhões é simbólico.
Ela poderia dobrar ou triplicar esse valor. Ou poderia bancar por um ano o salário de um reforço nacional do clube vencedor. Seria o jogador da FPF em São Paulo. Poderia ainda oferecer aos clubes finalistas uma melhoria em seus respectivos estádios ou CTs, de modo a ajudar a melhorar as condições do futebol do Estado. Ficam as dicas.





