A vitória do Flamengo sobre o Chelsea por 3 a 1, de virada, foi menos surpreendente do que a do Botafogo contra o PSG na mesma rodada do Mundial de Clubes da Fifa. Filipe Luís tem a cabeça dos bons treinadores europeus. Ele esbanja confiança e sabe o poder do elenco que tem nas mãos, ele mesmo um jogador que saiu há pouco tempo desse vestiário rubro-negro. Seus anos na Europa o tornam conhecido e respeitado pelos adversários.
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Portanto, apesar do peso que sempre é derrotar um europeu em torneios da Fifa, o Flamengo sempre foi mais time nesse momento do que o Chelsea, para onde vai o palmeirense Estêvão depois do Mundial de Clubes. Claro, isso não tira o mérito do Fla nem deve frear a alegria da torcida. Nada disso. O Flamengo foi gigante como manda a sua cartilha. Os gols foram de Bruno Henrique, Danilo e Wallace.
O time manteve o seu jeito e ideia de jogar, com qualidade, com a bola e buscando o gol ora pela direita, ora pela esquerda e centralizado. Foi simplesmente Flamengo. Havia apetite de jogar, sem cansaço e desprovido da ideia abominável, mas necessária de ter de poupar os esforços para as próximas partidas do calendário. Isso faz muita diferença.
Jorginho e Gerson
Comentar sobre a qualidade dos jogadores do Flamengo me parece chover no molhado. O que faltava ao time do Rio, e de todos do Brasil, era tempo para treinar e recuperar atletas. O Mundial dos Estados Unidos oferece essa condição. O futebol brasileiro vai oferecer em breve também.
O que me parece uma pena é desfazer esse meio-campo formado por Jorginho e Gerson. Bastou uma semana de treinos para perceber que eles poderiam fazer a diferença no Flamengo. Mas Gerson tem uma oferta de US$ 25 milhões do Zenit e deve ir embora. O clube russo vai pagar a multa rescisória porque já tem tudo acertado com o jogador, de modo que nem precisa negociar com a diretoria do Flamengo.
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A decisão de Gerson pode ser mudada caso ele se renda ao seu novo companheiro e vislumbre um futuro melhor onde está, também pensando na seleção brasileira. Só depende dele, se ainda não colocou a sua assinatura na papelada.
Mentalmente é um agravante, sim, chegarem ao final da temporada, não falo na parte física, mas mental, o desgaste da temporada para eles. Mas, quando se entra em campo, ninguém economiza, todo mundo quer ganhar, por isso acredito no mérito das equipes brasileiras e sul-americanas. Isso demonstra a evolução do futebol brasileiro. O Mundial é uma competição maravilhosa porque democratiza o futebol e mistura as culturas.
DANILO, jogador do Flamengo
Jogadores como Danilo, que estava na Europa até o ano passado, reconhecem que os times europeus estão, de fato, esgotados mentalmente ao término da temporada. Há desgastes físicos também. Isso pode explicar alguns tropeços de gigantes como PSG, Porto, Borussia Dortmund e Chelsea, mas não tira dos times brasileiros o recado dado ao mundo. Todos esses europeus são mais fortes do que os rivais brasileiros. Por isso que esses resultados, como o do Flamengo nesta sexta-feira, são importantes e inesquecíveis.
