O sonho rubro-negro terminou de forma dolorosa na tarde deste domingo, em Miami. Diante de um Hard Rock Stadium tomado por camisas vermelhas e pretas e uma atmosfera digna de Maracanã, o Flamengo foi superado pelo poderoso Bayern de Munique por 4 a 2 e se despediu do Super Mundial de Clubes da Fifa nas oitavas de final. Portanto, o Bayern vai encarar o PSG, que eliminou o Inter Miami, de Messi.
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Foi um duelo bem disputado, com momentos de esperança e lampejos de reação, mas também com uma clara demonstração da superioridade europeia no que diz respeito ao plano tático, à execução sob pressão e à disciplina coletiva. O elenco brasileiro mais valioso da competição — o do Flamengo — sucumbiu diante da equipe que, ano após ano, mantém uma identidade sólida, um modelo de jogo refinado e uma fome insaciável por títulos.

A estratégia do Bayern foi implacável: marcar alto, pressionar a saída de bola e forçar o erro adversário. E o Flamengo errou — mais do que o habitual, e de forma decisiva. Os quatro gols alemães nasceram de bolas roubadas ainda no campo de defesa rubro-negro, em erros que seriam imperdoáveis contra qualquer adversário — e fatais contra o Bayern.
Fla teve apagão geral no começo
Em meio a um “apagão” geral, quando o Flamengo se deu conta o placar já estava 2 a 0, com 10 minutos de jogo. Inevitavelmente o filme de um velho pesadelo começou a se formar na cabeça do torcedor brasileiro e dos jogadores do Mengão. O trauma do 7 a 1, no Mineirão, não tardou a emergir no imaginário coletivo. A intensidade, a verticalidade e a frieza germânica reapareciam com toda sua força — e os brasileiros, mais uma vez, pareciam desorientados diante do que sugeria mais um atropelo.
O Flamengo até teve a chance de voltar ao jogo ainda no primeiro tempo. Aos 15 minutos, Luiz Araújo finalizou à queima-roupa, mas parou em uma defesa espetacular de Manuel Neuer, em lance que beirou o inacreditável. A resposta rubro-negra veio aos 32, em uma jogada confusa da defesa alemã: bola cruzada da esquerda, falha na marcação, e Gerson aproveitou para fuzilar no meio do gol. O Flamengo respirava.
Era, talvez, o melhor momento do time. Mas essa sensação durou pouco. Em mais um erro na saída de bola, Goretzka dominou no peito na entrada da área e acertou um chute rasteiro, letal. O terceiro gol, ainda no primeiro tempo, tinha peso simbólico: era a primeira vez desde que Filipe Luís assumiu o comando técnico que o Flamengo sofria três gols em um jogo — e eles vieram em pouco mais de 30 minutos.

No segundo tempo, veio a tentativa de ressurreição. Mais agressivo e mais focado, o Flamengo parecia disposto a entrar para a história. Assim, aos 9 minutos, Jorginho fez o segundo gol, numa cobrança de pênalti e renovou as esperanças da torcida. A temperatura no estádio subiu. O clima de virada passou a ser quase palpável.
Mais um erro fatal do Fla
Mas o roteiro dos erros se repetiu — e condenou o time. Aos 27 minutos, mais uma saída de bola mal executada. Luiz Araújo foi desarmado e a bola caiu nos pés de Harry Kane. O camisa 9, frio como sempre, recebeu passe açucarado de Kimiche e fechou o placar com o quarto gol.
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O Flamengo, que chegou ao torneio com status de favorito entre os sul-americanos, sai eliminado por um rival mais organizado, mais eficiente e, acima de tudo, menos permissivo. Contra o Bayern, a margem de erro é zero. O Flamengo imaginou que poderia flertar com o risco e pagar para ver — pagou caro.
Fla tem aprender com os erros
O resultado reforça a diferença que ainda existe entre as potências europeias e os grandes clubes sul-americanos — sobretudo quando o assunto é tática, execução e consistência. Ao Flamengo, restam o aprendizado, as lições e o consolo de ter, em muitos momentos, tentado competir de igual para igual. Mas a história é escrita pelos vencedores. E neste domingo, a festa — mesmo sob a atmosfera de Maracanã — foi toda do “visitante”. Aquele mesmo indigesto visitante dos 7 a 1 – no dia em que, ironicamente, a seleção alemã jogou vestida de Flamengo.





