O brasileiro se precipitou em colocar o futebol brasileiro no mesmo nível do europeu neste Mundial de Clubes da Fifa. O Bayern de Munique tratou de recolocar tudo no seu devido lugar na partida contra o Flamengo, em que venceu por 4 a 2 dando as cartas do começo ao fim da disputa. Não teve mais bolas bem chutou mais a gol do que o rival brasileiro, mas nunca deixou de ter o controle nas mãos. Acelerou quando precisou acelerar e desfrutou da partida ao estilo alemão: descontraído, mas sem perder a concentração.
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O Flamengo se esforçou muito para ser como o Bayern e em nenhum momento conseguiu isso. Horas antes, o PSG fez parecido contra o Inter Miami, de Lionel Messi: atropelou o rival americano sem sobressaltos.
Tem a ver com o dinheiro, mas não só
É claro que o torcedor tem todo o direito de se animar com a sua equipe, com o resultado de um jogo ou mesmo com uma excelente atuação. É até necessária que esse sentimento continue fazendo parte da paixão pelo futebol, porque é ele também que move esse amor incondicional por um jogo. Mas não se pode deixar de mostrar ou contar o abismo que separa o futebol dos dois continentes neste Mundial. Tem a ver com o poder de investimento, mas não somente.

O que estamos vendo nessas partidas das oitavas de final do Mundial é esse abismo do futebol que se joga na Europa e no resto do mundo. Os clubes europeus tiveram alguns dias de paralisação depois de suas respectivas temporadas antes de chegarem aos Estados Unidos. Muitos deles usaram a primeira fase da competição para “treinar” e recuperar a condição física. Alguns, como o Porto, tentou buscar seu “espírito de competitividade”, como disse seu treinador após a partida com o Palmeiras. Outros foram levando do jeito que dava.
Mas quando chegou a fase de mata-mata, passadas duas semanas de disputa, times como PSG, Bayern de Munique, Chelsea, Real Madrid e City, enfim, todos os gigantes da Europa retomaram o entrosamento, o jeito de jogar, o condicionamento e, claro, a qualidade técnica de seus atletas. Com isso, assumiram as rédeas do Mundial.
Europeus tomam as rédeas do Mundial
Portanto, sem chance para o resto do mundo. O Mundial de Clubes nasceu com essa divisão: europeus contra o resto do mundo. Nas oitavas, alguns intrusos se meteram na disputa. É pouco provável que eles estejam nas quartas. O Flamengo bem que tentou diante do Bayern, mas foi presa fácil, mesmo se não tivesse cometido os erros que cometeu no começo do jogo.

É claro que dinheiro forma elencos melhores. Flamengo e Palmeiras são dois exemplos disso no Brasil e na América do Sul. Por isso que a Europa tem equipes excelentes. O Bayern de Munique, por exemplo, tem atletas excepcionais em todas as posições. Harry Kane marcou dois gols contra o Fla. Mas há outros, como Musiala, Sané e Olise. Com dinheiro, os clubes da Europa contratam os melhores do resto do mundo e fazem desses jogadores, verdadeiras máquinas de jogar. Vini Jr. é um desses. Ele deixou o Flamengo para ser eleito o melhor do mundo no Real Madrid.
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E há também o jeito de jogar. O futebol brasileiro ainda é mais lento do que o futebol europeu na tomada de bola, reposição e transição. Abusa dos toques desnecessários e ainda tem no um contra um sua melhor jogada. Enquanto times como o Bayern de Munique trabalham as jogadas quase que em um toque apenas, fazem a bola correr e preenchem todos os setores do campo. Os jogadores estão sempre próximos uns dos outros.
Houve conquistas
Mas o futebol brasileiro está melhorando. O fato de ter registrado partidas acima da média na primeira fase do Mundial de Clubes demonstra isso. O Palmeiras empatou com o Porto. O Botafogo ganhou do PSG. O Fluminense segurou o Dortmund e o Fla mete três no Chelsea. Essas partidas não deixam de ser conquistas. Mas é preciso saber que há um caminho muito longo e talvez inalcançável se comparado com os rivais do Velho Continente.





