A crise na diretoria de futebol do Flamengo está longe de terminar. E pode não terminar bem. Ela envolve jogadores do primeiro escalão do time e o diretor português José Boto. Não se trata apenas de vaidade pela contratação ou não de um reforço ou de saber quem comanda e faz as contratações no clube. O veto do presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, após Boto pedir o acerto com o atacante irlandês Mikey Johnston é apenas um ponto do desgaste com Boto. Na ordem de hierarquia, o diretor de futebol está abaixo do presidente. No sistema presidencialista, todos estão abaixo do presidente. Assim é o Flamengo.

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O problema envolve os jogadores Arrascaeta e De la Cruz, que não gostam nem aprovam os métodos do dirigente português. O santo deles não bateu com o santo de Boto. Quem também estava nesse time dos descontentes com o diretor era o meia Gerson, que decidiu muito rapidamente deixar o Flamengo e aceitar a oferta do Zenit, mesmo tendo contrato vigente, um salário corrigido fazia pouco tempo e uma Copa do Mundo diante dele em um ano.

Arrascaeta não ‘gosta’ de Boto: diretor de futebol começa a se desgastar no Flamengo / Flamengo

José Boto foi contratado para modernizar o futebol do Flamengo, reformular seu elenco e levar o clube para um patamar digno do futebol europeu, dentro de campo e também em suas finanças. O português chegou com carta branca do presidente. A ordem era deixar tudo o que havia na gestão passada para trás e dar a ela novos rumos. Um salto.

Decisão de vender Pedro

Um outro ponto que colocou a relação de Bap e Boto em xeque foi a intenção de vender o atacante Pedro. O Flamengo nunca quis repassar o jogador e acredita em sua recuperação. Filipe Luís não o escalou para as partidas no Mundial de Clubes. Pedro ainda precisa de tempo para recuperar sua condição física e técnica depois de sete meses parado por lesão. É natural que isso aconteça. Mesmo depois das declarações do treinador e agora do gol do atacante contra o Flu, tudo parece mais calmo entre eles.

Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, e José Boto, seu diretor de futebol: desgaste / Flamengo

O maior problema, no entanto, diz respeito à falta de sintonia do dirigente português com dois dos grandes jogadores do time. Arrascaeta e De la Cruz têm contratos com o clube, mas a falta de identificação com Boto pode fazer com que os meias sigam o caminho de Gerson. Ou seja: para fora da Gávea. Bap não quer mexer com Boto e continua confiando em seu diretor de futebol. Mas até quando? O presidente terá de apagar esse fogo antes que vire um incêndio.

Talvez Bap já tenha percebido que o diretor português não deu certo. O problema de Boto nem é tanto pelo veto do presidente a uma contratação sugerida, mas pelo desgaste que já há com parte do elenco. Arrascaeta é há anos o principal jogador do Flamengo. De la Cruz, também uruguaio, se junta ao compatriota nessa cruzada. São duas lideranças do time. Arrasca é querido pela torcida.

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O técnico Filipe Luís também terá de entrar nessa dança e ajudar de alguma forma a administrar o problema, que é de gestão, mas que envolve dois atletas do seu elenco. Entre o dirigente e seus jogadores, certamente ele vai ficar com a turma do vestiário.

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