Os clubes de futebol aumentaram suas receitas porque descobriram novas formas de arrecadação. Patrocinar o uniforme e vender jogadores ainda são dois dos mais atraentes e lucrativos caminhos para ganhar dinheiro. Quem ficar para trás nesta corrida, vai sofrer na tabela dos campeonatos nacionais e sul-americanos. Flamengo e Palmeiras largaram na frente. De alguns anos para cá, uma das receitas descobertas deu uma estagnada. É o sócio-torcedor. Os números crescem pouco e alguns até se retraem. Há margens para crescimento, mas faltam ideias para “colocar” todo mundo dentro do estádio.

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Os naming rights dos estádios começam a ser renegociados, como faz o Corinthians. Seu presidente, Osmar Stabile, já disse que os R$ 300 milhões negociados com a Neo Química Arena no passado tornaram-se pouco com a valorização do estádio e crescimento do futebol. Segundo o Uol, o clube espera ter mais do que o dobro desse valor, perto dos R$ 700 milhões. Se isso der certo (há um contrato assinado com a Neo Química), o clube vai ter melhores ganhos e receitas.

Projeto do novo estádio do Santos: negociar o naming rights é uma das fontes de receita dos clubes / Santos FC

Os clubes continuam apostando nas receitas tradicionais de bilheterias, venda de camisas e adereços, tours pelas arenas, eventos, patrocínios pontuais, direitos de transmissão dos jogos… Mas é preciso encontrar novos caminhos e apostas mais seguras para fazer mais dinheiro. Há clubes que já alcançaram receitas anuais de R$ 1,2 bilhão. Perto do então padrão dos R$ 500 milhões de anos atrás. Portanto, o avanço é ótimo. O desafio é encontrar margens para crescer. Ou gastar menos.

SAFs, atletas da base…

Mesmo com as receitas tradicionais, os clubes aprimoraram muito algumas delas, como a formação de jogadores e os direitos de TV com as ligas. O streaming entrou no jogo. O Palmeiras continua sendo um exemplo nas bases, com conquistas de títulos em todas as categorias, de modo a colocar os meninos na vitrine e vendê-los, assim como usá-los no time principal. Estêvão e Endrick ainda são dois desses atletas formados na Academia que ganharam o mundo e encheram o clube de dinheiro. Há outros.

Arena MRV, do Atlético Mineiro: construção do estádio próprio vai ajudar o clube a novas fontes de receita / Atlético-MG

As SAFs também passaram a ser mais bem avaliadas, de modo a evitar que o clube entre em “roubadas”, como aconteceu com o Vasco. O sistema de governança também não é mais abominável. O Cruzeiro, depois de altos e baixos, parece que encontrou equilíbrio com Pedro Lourenço. Há clubes tradicionais, como o Santos, que pensam com carinho na possibilidade de virar S.A. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, chegou a afirmar que as Sociedades Anônimas do Futebol são o caminho mais seguro para os clubes brasileiros.

Clubes na Bolsa de Valores

Já há estudos de mandar clubes do Brasil para a Bolsa de Valores, mas esse projeto ainda engatinha. Os estádios ainda não se valem de mais propagandas virtuais em seus gramados ou outros setores nem times másters com apresentações regulares com a presença de torcedor a preços mais em conta na arena. As escolinhas franqueadas sumiram, mas elas ainda podem render frutos se forem bem organizadas. O futebol ainda está longe da educação. Como a NFL está entrando no Brasil, o futebol brasileiro pode se mostrar pelo mundo também, como jogos oficiais fora do país, por exemplo, a fim de obter novos públicos e negócios. O Brasileirão é vendido para fora do país, mas ainda por valores pequenos. Há margens para crescer? Pode ser que haja.

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Além de ganhar mais, há a necessidade urgente de gastar menos. Os gestores do futebol precisam olhar para isso também, de modo a regular suas contas com finalidades claras: ter times melhores, valorizar os jogos e atrair os torcedores.

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