À primeira vista, o duelo entre o Paris Saint-Germain e o Bayern de Munique, que estavam em primeiro e o segundo lugar na atual edição da Liga dos Campeões, parecia não valer grande coisa. Poucos são os que duvidam que em 28 de janeiro do ano que vem, quando a fase de grupos chegar ao fim, ambos não farão parte das oito equipes classificadas diretamente para os mata-matas das oitavas de final.
Contudo, quando a bola rolou no Estádio Parc des Princes, em Paris, os alemães jogaram água no chope dos franceses, que pareciam desligados. Astuto, o colombiano Luis Díaz aproveitou os espaços deixados (e os vacilos cometidos) pela defesa do atual campeão europeu e, ainda no primeiro tempo, anotou os dois gols que definiram o resultado e puseram um ponto final na invencibilidade do PSG nesta edição da Liga dos Campeões. O jogo terminou 2 a 1.

No segundo tempo, a 15 minutos do fim, o PSG ainda conseguiu marcar seu gol de honra, com um voleio de João Neves. Os franceses insistiram, dominaram os rivais, mas, mesmo com a vantagem de ter um homem a mais no segundo tempo (Luis Díaz foi expulso aos 46 da primeira etapa), a reação deles acabou por aí.
Vida difícil para o PSG
Ao contrário da temporada passada, quando o Paris Saint-Germain dominou a Ligue 1 e fez uma arrancada irresistível no campeonato mais prestigioso entre os clubes da Europa, a trajetória do time francês está bem mais complicada neste ano. Ok, o atual campeão segue na liderança do campeonato nacional após dez rodadas. Contudo, sua vantagem sobre o arquirrival Olympique de Marselha e o Lens é de dois pontos, com outros perseguidores – como Lille, Monaco e Lyon – na sua cola, a quatro pontos de distância.

Além do mais, apesar da derrota em casa, nesta rodada do campeonato europeu deverá terminar entre os oito primeiros, sinônimo de classificação direta para as oitavas. Mas o sinal de alerta foi acionado para o time sob comando do técnico espanhol Luis Enrique.
O problema é que há uma significativa queda de rendimento em comparação ao desempenho avassalador da campanha em 2024/25, quando o PSG conquistou o título francês com seis rodadas de antecedência e acumulando 19 pontos de vantagem sobre o rival de Marselha, o segundo colocado, e goleou a Internazionale de Milão, por 5 a 0, na final da Liga dos Campeões.
Desfalques e lesões
É evidente que, após uma longa e intensa temporada, que culminou com o vice-campeonato na Copa do Mundo de Clubes da Fifa, seguiu-se um curto período de preparação, faltam pernas e sobram lesões no PSG. Nas últimas semanas, diversos jogadores importantes se machucaram: os últimos desta lista foram o atacante Ousmane Dembélé e o lateral-direito Hakimi. Eles deixaram o confronto com o Bayern lesionados.

Um dos motores do time, Désiré Doué não pôde sequer entrar em campo, contundido e sem prazo definido para voltar. Foram substituídos com brio por jovens, como João Neves, 21 anos, Senny Mayulu (de 19 anos) e Ibrahm Mbaye (de apenas 17 anos), mas isso resultou em momentos de instabilidade, como ocorreu no jogo contra o Bayern.
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Uma coisa é certa: se este jogo no Parc des Princes não valia muita coisa em termos de classificação, para o PSG pode ter funcionado como um preocupante sinal de que ele já não é mais o time a ser batido na Europa.





