Desde sua nomeação como técnico da seleção brasileira, no dia 12 de maio deste ano, o italiano Carlo Ancelotti já convocou 45 jogadores. Entre eles, poucos despertaram tanta expectativa como Rodrygo, que está prestes a vestir a histórica camisa 10 do Brasil quase 200 dias depois de seu último jogo pela equipe, em março, em partida que não deixou boas recordações para ele.
Naquela noite em Buenos Aires, Rodrygo e seus companheiros de seleção tiveram atuação pífia, enquanto a Argentina dominou, deitou e rolou e goleou o Brasil com um placar de 4 a 1, com direito a “olé” no fim. Infelizmente para Rodrygo, a fase ruim não terminou naquele dia no gramado do estádio Monumental de Núñez. Considerado um dos atacantes mais técnicos da nova geração, o atacante de 24 anos também enfrentou um período desafiador no Real Madrid.

De um talismã na conquista do título da Liga dos Campeões, em 2022, quando marcou gols decisivos, o jogador, carinhosamente apelidado pelos torcedores madridistas de Rayo, passou por uma longa fase de esgotamento físico e mental. “Sinceramente, passei por um momento muito difícil no âmbito pessoal”, disse ele em entrevista ao jornalista Tomás Roncero, do jornal esportivo espanhol AS, em Seul, na Coreia do Sul, às vésperas do amistoso entre as seleções brasileira e sul-coreana.
Eu não me sentia bem como pessoa e isso estava me afetando. RODRYGO
A má fase deu origem a rumores de que seu ciclo na Espanha estava a um passo de se encerrar, ainda mais depois que foi especulado o interesse de clubes ingleses, como o Arsenal e o Tottenham em contratá-lo. Para agravar a sua situação, com a chegada de um novo técnico, o espanhol Xabi Alonso, Rodrygo foi barrado. Começou como titular apenas na estreia do Real Madrid contra o Al-Hilal da Arábia Saudita.
O Rayo está de volta
Nas demais partidas, ele ficou no banco de reservas e pouco atuou. Na atual temporada, perdeu espaço para o argentino Franco Mastantuono, que conquistou a posição de atacante pelo lado direito do campo. Com isso, Rodrygo agora disputa posição no lado esquerdo, com Vinícius Jr.
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Segundo Rodrygo contou em Seul, foi Ancelotti, o então treinador do Real Madrid, que percebeu que ele não estava bem. “Ele veio conversar comigo e disse: ‘fique calmo, você não está em condições de jogar’. Sabia que eu tinha que recuperar a pessoa antes do jogador”, contou. Até que pudesse recuperar o equilíbrio, segundo suas palavras, foi “quase uma eternidade”.
Passei por muitas coisas, mas agora me sinto bem e pronto para entregar o meu melhor, a minha melhor versão.
RODRYGO
Com Rodrygo superando um período de dificuldades, Endrick, outro talento da seleção brasileira, recuperando seu ritmo de jogo, além de Estevão, Vitor Roque e Raphinha em grande fase, Ancelotti e a seleção brasileira passam a contar com alternativas de respeito na reta final da preparação para a Copa do Mundo de 2026. É uma ótima notícia para uma equipe que, até pouco tempo atrás, parecia ser uma carta fora do baralho em se tratando de título mundial.