A derrota do Palmeiras por 3 a 0 para a LDU e a forma com que o time jogou em Quito, mesmo a despeito da altitude de 2.850 metros, estão na conta do técnico Abel Ferreira. Desta vez, o treinador não foi bem. Mesmo dentro de sua área técnica, Abel parecia um “morto-vivo”, incapaz de acreditar no que estava vendo e mais ainda de mudar o cenário que se construiu trágico no decorrer do primeiro tempo.
Abel errou na escalação e mais ainda ao não perceber o que estava por acontecer. Mas como ele saberia isso? É o seu trabalho detectar no vestiário possíveis problemas ou desânimo antes, durante e depois do jogo. Era semifinal de Libertadores. Havia muita coisa em jogo nessa partida. Ele acreditou em Raphael Veiga na altitude e em Khellven, que acabou errando no primeiro gol. Tirou Fuchs do time e escalou Murilo.
Nada deu certo
Não quero dizer com isso que os jogadores escolhidos sejam os responsáveis pela derrota. Mas, sim, Abel, que escolheu mal e confessa não ter subestimado o adversário, mais fraco nesta Libertadores, mas que já havia eliminado Botafogo e São Paulo. Nada do que foi pensado pelo treinador deu certo. Ele sabe disso.
Noventa minutos é muito tempo e vamos atrás de virar esse resultado. Não vou perder muito tempo com esse jogo. Na minha opinião não foi pênalti. Tenho de reconhecer que o adversário foi melhor. E estivemos muito abaixo. É possível fazer o mesmo número de gols no Allianz.
ABEL FERREIRA
Ele vai remoer essa derrota pelo resto de sua vida, tentando encontrar explicações para suas decisões e para o rendimento dos jogadores, a começar pelo goleiro Carlos Miguel. Em duas partidas, o novo goleiro do Palmeiras sofreu seis gols: três contra o Flamengo e três diante da LDU. Não poderia defender nenhum deles, mas o fato é que já tem seis gols na conta.

Foram vários erros
É claro que não há apenas um motivo para explicar a tragédia de Quito. Mas um deles pode ser também o fato de os jogadores do Palmeiras terem subestimado o rival e não ouvido o treinador dos avisos. Mas por quê? Teve muita correria, mas pouca técnica. Teve muita confiança, mas pouco acerto. Nem a bola ficou com o Palmeiras, o que era esperado. Há as explicações técnicas de alguns atletas e a certeza de que eles não funcionaram como time. O fato é que nada disso parece normal nesse Palmeiras de Abel. Todos os erros possíveis e até inimagináveis aconteceram nesses 90 minutos.
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É preciso, claro, ressaltar que a LDU jogou como nunca nesta Libertadores, apesar das vitórias importantes em outras partidas. Isso é fato. Tiago Nunes tem o time nas mãos e faz um excelente trabalho no Equador. Merece muitos méritos. Abel reconheceu a superioridade do rival.
Enfim, a única coisa boa após essa partida para o Palmeiras e os palmeirenses é saber que há mais 90 minutos para mudar tudo isso. Mudar não significa apagar. O time de Abel pode contar com sua torcida e tem o Allianz Parque para se apegar. Até o jogo da volta na semana que vem não deve haver nada mais importante para o Palmeiras do que a LDU. O Palmeiras precisa fazer três gols de diferença para ter a chance de chegar à final nos pênaltis.





