Enfrentar a Bolívia em El Alto, a 4.088 de altitude, deve servir pouco para Carlo Ancelotti coletar seus dados sobre a performance de alguns jogadores, já pensando no elenco da Copa do Mundo. Como ele mesmo disse, não há nenhuma outra seleção no mundo com tantos jogadores para levar. Isso torna o seu trabalho mais fino e delicado. O que chama a atenção é que ninguém, ou poucos com quem conversei nesta data Fifa sobre a seleção, ousou tocar no nome de Neymar.

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O atacante do Santos foi “esquecido”. Pelo menos por ora. Mas penso que Ancelotti vai ter Neymar como o seu grande “fantasma” a assombrá-lo até a escolha final, como teve Felipão em relação a Romário em 2002. O Baixinho não foi e o Brasil foi penta. Poderia ter sido mais fácil com o atacante? Ninguém sabe nem vai saber.

Brasil encerra seu período de preparação para o último jogo das Eliminatórias da Copa de 2026: contra a Bolívia / CBF

Ancelotti conhece o futebol e o potencial em campo da maioria dos jogadores. Mas tem dúvidas do convívio com eles. O treinador italiano já mostrou ser um cara de grupo, que preza pela dedicação e envolvimento dos atletas. Não quer ter “malas” em sua lista, nem jogadores que o grupo “isola”. Há todos os tipos de comportamento num grupo de 26 atletas. Ancelotti quer ter os melhores em campo e os profissionais de bem com os colegas. O tempo é curto, menos de um ano, para ele formar o time.

Ancelotti quer Paquetá e Luiz Henrique

Portanto, Ancelotti vai aproveitar cada momento junto com o time para fazer suas anotações. Ele tem a ajuda de seus parceiros da CBF, como Rodrigo Caetano, mas vai pela sua cabeça. Ele confia muito no volante Casemiro e ouve o jogador sempre que pode. Desta data Fifa, Ancelotti se impressionou com Luiz Henrique e gosta muito de Paquetá, que pode ter uma função diferente se suportar correr na altitude de El Alto.

Luiz Hnerique precisou de alguns minutos no segundo tempo contra o Chile para cair nas graças do técnico Ancelotti / CBF

Paquetá deve ficar com a bola desde lá de atrás, passando pelos volantes até chegar nos homens mais avançados. Se fosse zagueiro, poderia ser chamado de líbero. Mas é um pivô defensivo, como nomeou o jornalista Paulo Vinícius Coelho. Na Itália, usa-se o nome de “regista”, uma espécie de “cérebro” do time. No Brasil, esse jogador é chamado de “maestro”, mas sempre esteve do meio para frente. Paquetá pode recuar um pouco mais para pegar a bola.

Nove mudanças no time

O Brasil tem um time provável para o jogo contra a Bolívia: Alisson; Vitinho, Fabrício Bruno, Alexsandro e Caio Henrique; Andrey Santos, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Luiz Henrique, Samuel Lino e Richarlison. O jogo não vale nada para o time além dos testes. O Brasil já está classificado para a Copa.

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Mas para a Bolívia vale a repescagem e o sonho de disputar sua quarta Copa do Mundo. África, Ásia e América do Norte também terão representantes na repescagem. O ranking da Fifa definirá os confrontos. A Bolívia esteve no Mundial de 1994, quando o Brasil foi tetra. Foi a sua terceira participação em Copas: amargou duas derrotas na fase de grupos, para Alemanha e Espanha, e um empate com a República da Coreia, atualmente Coreia do Sul. Também esteve nos Mundiais de 1930, o primeiro da Fifa, e na edição de 1950, no Brasil. O outro candidato na América do Sul a ir para a repescagem é a Venezuela, que nunca disputou uma Copa.

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