O Corinthians Feminino do Parque São Jorge festejou neste sábado a conquista da sua sexta Libertadores da América. Empatou sem gol com o Deportivo Cali no tempo normal e ganhou nos pênaltis por 5 a 3. As jogadores foram premiadas. O clube ganhou R$ 10,6 milhões pela conquista. A façanha das “Brabas” coloca um sorriso no rosto do torcedor alvinegro.

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Em compensação, o Corinthians Masculino sofre na temporada, mas também tem motivos para comemorar: ganhou o Paulistão diante do Palmeiras e pode festejar a Copa do Brasil. Portanto, mesmo a despeito de todos os problemas financeiros do clube e o afastamento do presidente Augusto Melo, com um transfer ban nas costas e outros a caminho por falta de pagamento, dentro de campo o ano não é totalmente perdido para o clube.

Brabas do Corinthians ganham a sexta Libertadores ao superar na final o Deportivo Cali, da Colômbia / Corinthians

Mas é preciso ter boa vontade para olhar o copo meio cheio, principalmente no masculino. Em compensação, é muito fácil se render ao time feminino. Das 17 edições da Libertadores, o futebol brasileiro tem 14 conquistas agora. Dessas, as “Brabas” ganharam seis. Portanto, o time é hexacampeão. Trata-se de um trabalho que já teve mudança de técnico, quando Artur Elias foi para a seleção brasileira e deu lugar para Lucas Piccinato, e de elencos reformulados. Mesmo assim, a chama nunca se apegou. O Corinthians tem o melhor time de futebol feminino do Brasil e da América do Sul.

Feminino x Masculino

Mas por que o clube e seus dirigentes não conseguem espelhar a gestão do feminino no masculino, sempre a trancos e barrancos, com bem mais trocas de treinadores e com jogadores apenas medianos? Nem a diretoria sabe explicar. Talvez porque os engravatados da presidência metem bem menos a mão no time das mulheres do que fazem com os homens.

Parece que estamos comparando bandeiras e gestões diferentes, quando, na verdade, é tudo Corinthians. Ou deveria ser. Todos sabem que o time masculino é mais complexo em todos os sentidos e setores, dos salários absurdamente mais altos ao mimimi dos atletas que se acham antes mesmo de ser. Dos contratos milionários e cheios de cláusulas, como o de Memphis Depay, à procura por ingressos na Neo Química Arena… Mas é inegável que as meninas dão muito mais certo do que o elenco de Dorival Júnior. Um time é campeão da América. O outro não vai longe no Brasileirão.

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A conquista das “Brabas” merece ser festejada. Poderia também ter uma premiação de dar inveja aos jogadores do time masculino quando elas chegassem de Buenos Aires com o título nas mãos. Deveriam estar no gramado do estádio em Itaquera na próxima partida da equipe no Brasileirão, mostrando o troféu conquistado com muito suor. Mesmo com a situação de pindaíba do clube, o presidente Osmar Stábile pretende reconhecer a conquista com um prêmio especial. Afinal, as “Brabas” colocaram a bandeira do Corinthians novamente no pico das Américas.

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