A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) não vai aliviar para Independiente e Universidad de Chile após a confusão de seus torcedores nesta quarta-feira, em partida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. A selvageria foi generalizada. E partiu dos dois lados. Das duas torcidas. As imagens registradas extrapolam qualquer argumento que possa manter as duas equipes na competição. É certo que elas serão excluídas. O jogo foi cancelado sem chegar ao seu fim por falta de segurança. Os jogadores pediam para os torcedores pararem de brigar. Em muitos momentos eram vários torcedores contra um. Suas roupas foram arrancadas. O árbitro relatou o que viu nas arquibancadas do estádio de Avellaneda, na Argentina.
Desta vez, membros da Conmebol estão dispostos a passar por cima das próprias regras da competição para condutas parecidas. O presidente Alejandro Domínguez está mais do que convencido de que a entidade que preside precisa responder à altura, imediatamente, a fim de dar seriedade e segurança aos jogos diante da escalada da violência que afeta o futebol na América do Sul. A credibilidade da Conmebol está em jogo.

Torcedores dos dois lados foram presos. Há feridos e alguns em condições graves. O que se viu foi uma barbárie dentro de um campo de futebol. Não havia policiamento porque na Argentina a polícia só faz a segurança do lado de fora dos estádios. A regulamentação deve ser revista no país. A briga envolveu os governos argentino e chileno. O Independiente era o mandante da partida, portanto o responsável em fazer a segurança de todos. Mas isso não tira a implicação nem a culpa dos torcedores chilenos.
Escalada da violência no futebol
Depois do que se viu, não faz a menor diferença saber ou apontar quem começou a bagunça ou contabilizar qual lado teve mais feridos (10, ao todo), mortos (nenhuma) ou presos (mais de 100). O futebol vê assustado a escalada da violência, inclusive no Brasil, com ataques a jogadores, invasões e bombas nos Centro de Treinamentos dos clubes. De modo que a Conmebol, juntamente com a CBF, vão mexer nesse vespeiro.
O regulamento das competições da Conmebol já prevê exclusão e punições severas. Basta ter coragem para tomá-las. Alejandro Domínguez tem a chance de dar um basta nisso. Ou pelo menos começar. Ele será apoiado por todas as federações dos países do continente. A CBF tem poder para exigir mais da Conmebol, uma vez que 65% das receitas da entidade são provenientes do futebol brasileiro.
SIGA THE FOOTBALL
Facebook
Instagram
Linkedin
Threads
Tik Tok
Com a exclusão de Independiente e Universidad de Chile da disputa, o Alianza Lima não jogaria as partidas das quartas de final e entraria diretamente nas semifinais. A Conmebol pagaria ao clube a receita de um mando de jogo. Se tiver coragem de tomar essa decisão, Alejandro Domínguez estará recuperando o prestígio perdido da Conmebol e dando recados para todos os torcedores da América do Sul. Há ainda a possibilidade de os dois clubes ficarem impedidos de jogar competições da entidade por até três temporadas. É preciso punir os clubes para atingir seus torcedores.





