Osmar Stabile segue o caminho faraônico de Augusto Melo no Corinthians. Não há projetos para pagar o que o clube deve e fazer mais receitas imediatas. O único caminho do novo presidente é renegociar as dívidas, de modo a aumentar os juros a serem pagos a perder de vista. Foi dessa forma que ele negociou com Memphis Depay para quitar os R$ 11 milhões de premiação e luvas. O Corinthians recusou a oferta de 30 milhões de euros (R$ 190 milhões) da Roma pelo atacante Yuri Alberto, de 24 anos. O clube tem 50% do contrato do jogador.
O corintiano sabe a importância do atacante para o time, mas entende que o novo dirigente tem a obrigação de colocar as finanças nos trilhos. Não deveria ter nada mais importante do que isso. Parar de gastar e aumentar a arrecadação. O futebol não pode mais ser dissociado do equilíbrio entre receitas e gastos, principalmente agora que a CBF encaminha para breve a obrigatoriedade do fair play financeiro.

Havia 45 mil torcedores na partida do Corinthians com o Palmeiras neste domingo, com renda de R$ 3 milhões. É dinheiro pequeno perto do que o clube precisa. Vender jogadores e reduzir a folha de pagamento é essencial no Parque São Jorge. Se Stabile não começar a fazer isso, o time vai ficar para trás. Manter Memphis e não vender Yuri são erros de gestão. O Corinthians precisa mostrar para o mercado que é um clube sério. Precisa resgatar a sua credibilidade e isso passa primeiramente pela parte financeira.
Como ter 2026 sem resolver 2025?
O clube sofre Transfer Ban da Fifa de R$ 33 milhões, tem uma dívida de R$ 2,6 bilhões, sua folha é de R$ 23 milhões mensais e o clube não vendeu ninguém nesta janela. Nem da base nem dos jogadores de Dorival. Sua realidade é outra. Há ainda resquícios de ameaças de rebaixamento. Não acredito nisso, mas a tabela não deixa o time tranquilo.
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Há um caminho a ser trilhado com Stabile, mas o presidente precisa ter coragem para cortar da própria carne, pagar pela má gestão dos seus antecessores, tentar fazer uma gestão de dez anos em seu mandato de um ano e meio, de modo a entrar para a história se conseguir. Mas se seguir o caminho do presidente afastado, de quem era vice, diga-se, não vai dar certo.





