Por Diogo Castro
Da ESPM / The Football
Após a derrota para o Bragantino na Vila Belmiro, na noite de sábado, o técnico Hernán Crespo abriu o seu coração. Ele disse que fica no no São Paulo em 2026, mesmo com todos os problemas de elenco enfrentados nesta temporada. Quando questionado sobre os motivos que o convenceram a seguir no clube, mesmo sabendo que o Tricolor não deverá disputar os principais títulos da nova temporada, uma palavra da resposta do treinador argentino chamou a atenção: “sentimento”.
Crespo, que brilhou com a camisa de gigantes mundiais, como River Plate, Milan e Chelsea, se apaixonou pelo clube em sua primeira passagem como comandante do São Paulo. Depois de nove anos sem títulos, ele tirou o clube da fila com o Paulistão de 2021 e só pensa em fazer mais e melhor.

Quatro anos depois, após ter conquistado a Champions League Asiática pelo Al-Ain e outros três títulos pelo Al-Duhail, o argentino aceitou o chamado para voltar ao São Paulo sem pensar muito. Ele revelou o tamanho do seu desafio e o que o move todos os dias em São Paulo. O time, então comandado por Zubeldía, brigava para fugir da zona de rebaixamento. Crespo não precisava correr o risco de assumir um São Paulo nessas condições, mas topou o desafio e não parece arrependido.
Trabalho positivo
O trabalho do treinador é positivo. O Tricolor conseguiu voltar a ser competitivo, mas com as eliminações nas Copas (Libertadores e do Brasil) e o alto número de lesões, o fim de temporada ficou melancólico com a derrota para o Bragantino. As chances de voltar para a Libertadores são pequenas, mas elas existem.
Em um clube instável politicamente, com um departamento médico pouco eficiente e com baixos recursos para investir no elenco, ter um treinador disposto a reconstruir uma história vitoriosa é um privilégio que o São Paulo não pode perder, tampouco abrir mão. Daqui até o fim do ano, a luta é por uma vaga na pré-Libertadores. O são-paulino tem uma certeza: melhor com Hernán Crespo do que sem ele!





