É derbi que chama, né? Dessa vez, o maior clássico paulista fez jus ao peso da rivalidade centenária. Corinthians e Palmeiras entregaram um jogo grande, pegado, vibrante e equilibrado — como manda a cartilha de um clássico que raramente passa batido. E foi nesse cenário de brilhantismo que despontou o talento de Memphis Depay, o cara que fez a diferença num jogo de iguais.

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Muito se discute sobre o custo de tê-lo no elenco: o salário alto, as supostas mordomias, o rendimento irregular. Mas o que ninguém pode contestar é que o holandês desequilibra. Mesmo quando está longe do auge, mesmo quando parece menos participativo, ele decide. Foi assim na gelada noite desta quarta-feira, na Neo Química Arena, quando resolveu um jogo que estava travado e que caminhava para o empate.

Memphis Depay marcou o único gol do clássico do Corinthians com o Palmeiras pelas oitavas da Copa do Brasil / Corinthians

O confronto, válido pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil, terminou com vitória corintiana por 1 a 0, mas ainda está longe de resolvido. A vaga será definida na próxima quarta-feira, no Allianz Parque, com casa cheia e apoio total da torcida alviverde.

Memphis, Garro e Yuri

O Corinthians teve o controle das ações no primeiro tempo. Pela primeira vez em muito tempo, Dorival Júnior conseguiu escalar o que tem de melhor: o trio Memphis, Garro e Yuri Alberto começou junto e fez a diferença. Dois deles protagonizaram o principal lance da primeira etapa: Depay sofreu um pênalti de Gustavo Gómez, mas Yuri desperdiçou a cobrança parando na ótima defesa de Weverton.

Weverton defende pênalti cobrado por Yuri Alberto ainda no primeiro tempo contra o Corinthians em Itaquera / Palmeiras

O Palmeiras também esteve perto de marcar antes do intervalo, quando Giay bateu cruzado e André Ramalho salvou em cima da linha. O 0 a 0 no placar era reflexo direto do equilíbrio e da entrega dos dois lados.

Fator Memphis

No segundo tempo, o cenário se manteve: partida travada, repleta de faltas e reclamações de lado a lado. O Corinthians sentiu mais fisicamente e o Palmeiras foi se impondo como o time mais coeso, mais maduro, com mais lastro de trabalho — e que parecia confortável em administrar um empate fora de casa. Mas aos 33 minutos, no raro momento de espaço, brilhou de novo o talento de Depay. Matheuzinho cruzou com perfeição nas costas de Gómez e o camisa 10 testou com categoria, no ângulo direito, sem chance para Weverton.

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Três minutos depois, o empate palmeirense chegou a sair, num golaço de Maurício após jogada aérea iniciada por Gómez. Mas o VAR entrou em ação para anular o lance por um impedimento milimétrico — daqueles que só se marcam no Brasil, com o auxílio duvidoso de uma tecnologia que mais confunde do que esclarece. A linha foi traçada de modo controverso, apontando o ombro de Gómez levemente à frente na origem da jogada. Revolta alviverde.

Com ou sem polêmica, o Corinthians venceu. E venceu porque teve em Memphis Depay o diferencial que um clássico assim exige. Ele pode custar caro, pode não ser constante, mas quando aparece — normalmente é para decidir. Desta vez deu tudo certo!

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