Além de melhorar a arbitragem, é preciso também acabar com a hipocrisia e a malandragem no futebol brasileiro. Malandragem no mal sentido, porque jogar futebol tem suas manhas e sempre terá. Dirigentes e treinadores são hipócritas ao olharem para seus clubes e reclamarem da arbitragem, mas não moverem uma palha sequer para melhorar a arbitragem do país. Todos olham para os seus próprios umbigos e só choram quando são prejudicados. Dão de ombros quando são “ajudados” pelos árbitros e VAR. Da mesma forma, os jogadores são mal orientados por treinadores e clubes ou não são cobrados pelas tantas armações e simulações dentro de campo. Eles tentam enganar o árbitro em todas as faltas.
Esse expediente não é novo no futebol. Os presidentes puxam a fila para manter o sistema do jeito que é. Há clubes mais fortes e menos fortes nos bastidores. Mas os cartolas não querem melhorar e seus discursos são vazios e provocativos. São todos, sem exceção, farinha do mesmo saco.

Os dirigentes evoluíram em vários aspectos, como na gestão financeira dos clubes, mas regrediram no aspecto emocional quando seus times são prejudicados ou beneficiados. Há muita intimidação contra a arbitragem. Nossos presidentes são, por exemplo, despreparados para argumentar sobre o tema. Temem se comprometer diante de seus torcedores. E muitos são fracos nos bastidores.
Tudo farinha do mesmo saco
É claro que a grande responsabilidade continua sendo da Comissão de Arbitragem e dos árbitros, que não são profissionais. E agora também da turma do VAR com suas patéticas conversas para avaliar um lance e muito desconhecimento. É gente despreparada. “Roubar” não é bonito. Vencer sem merecer também não é. Tirar vantagem nas partidas de modo desonesto ou irregular é tão trágico quanto. Mas nossos dirigentes, treinadores e jogadores sempre deram de ombros para isso. O que vale é ganhar. Dois jogos motivaram o afastamento neste fim de semana de árbitros e VAR: São Paulo 2 x 3 Palmeiras e Bragantino 1 x 0 Grêmio.
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Eles olham para o jogo em si, mas não trabalham em prol do futebol. Há muitos discursos vazios. Inventam interpretações de regras que deveriam ser jogadas na lata do lixo. É um crime. O silêncio seria a melhor resposta quando questionados sobre assuntos claros da arbitragem. Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, foi mal em sua declaração sobre a arbitragem de São Paulo 2 x 3 Palmeiras. Ele deveria ter ficado quieto. Abel não é o único. Todos são assim. Mas o técnico português é o “rei” da reclamação para ajudar o seu time.