No início de agosto, a revista francesa France Football divulgou duas listas com trinta jogadores de futebol masculino e feminino, que entraram na reta final na disputa pelo troféu Bola de Ouro. O regulamento do prêmio foi revisado e, nos próximos dias, uma centena de jornalistas dos cem países melhores colocados no ranking da Fifa atribuirão pontos a dez deles, à sua escolha, avaliando desempenhos individuais entre agosto de 2024 e julho deste ano. Cada um dos eleitores atribui pontos, em ordem decrescente: o melhor recebe 15 pontos, o segundo colocado, doze, o terceiro, dez, até a décima posição, que ganha um.
Ao contrário do ano passado, quando Vini Jr. estava cotadíssimo para ganhar o troféu (e acabou perdendo, por uma diferença de 41 pontos, para o espanhol Rodri, do Manchester City, da Inglaterra), com votos que poderiam ser para ele, mas que foram para o inglês Jude Bellingham (917 pontos) e para o espanhol Dani Carvajal (550 pontos), terceiro e quarto colocados, respectivamente, este ano não deverá haver polêmica.

Entre os homens, os destaques são o francês Ousmane Dembélé, o marroquino Achraf Hakimi e o espanhol Fabian Ruiz, do Paris Saint-Germain. Eles conquistaram a Liga dos Campeões da Uefa, o campeonato nacional e a Copa da França.
Dembélé, do PSG
Apesar de nunca ter sido indicado ao prêmio e de não ter tido atuações destacadas como a de seus companheiros no Mundial de Clubes, a última competição relevante antes das indicações, Dembélé marcou 37 gols, deu quinze passes decisivos e marcou três gols na goleada sobre a Internazionale de Milão na final da Liga dos Campeões. Tudo isso pode fazer diferença a seu favor quando o vencedor for anunciado no próximo dia 22 de setembro, no Teatro du Châtelet, em Paris.
Na categoria feminina, a disputa é mais equilibrada: de um lado está a espanhola Aitana Bonmatí, do Barcelona, escolhida como a melhor jogadora da Eurocopa 2025, em julho. Do outro está a atacante inglesa Alessia Russo, do Arsenal. Ela foi campeã pelo seu país na mesma competição e eleita a ‘jogadora da temporada’ pela imprensa britânica. Portanto, a disputa é equilibrada.

Criado em 1956 pelos jornalistas esportivos franceses Gabriel Hanot e Jacques Ferran, da revista France Football, a Bola de Ouro é considerado o prêmio mais tradicional no mundo do futebol para reconhecer atuações individuais. De modo que a distinção é 35 anos mais antiga do que o Fifa The Best. Mas é verdade que até 1994, uma regra impediu que jogadores que não atuavam por equipes europeias pudessem concorrer ao prêmio da France Football.
Pelé fez a revista mudar as regras
Essa trava no regulamento fez com que Pelé não participasse da escolha nos anos em que jogou e ganhou tudo pelo Santos e pela seleção. Mas a trava caiu. E Pelé foi reconhecido como vencedor em 2015. Naquele ano houve uma revisão nos critérios e a revista concedeu ao Rei do Futebol sete troféus a título honoríficos. Também agraciou Garrincha (1962) e Romário (1994). Ronaldo Nazário recebeu o troféu duas vezes – em 1997 e 2002. Rivaldo (1999), Ronaldinho Gaúcho (2005) e Kaká (2007) ganharam uma vez cada um.
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No entanto, na edição deste ano, há quatro brasileiros indicados: Vini Jr., do Real Madrid, e Raphinha, do Barcelona, entre os homens, Marta e a palmeirense Amanda Gutierrez, entre as mulheres. Mas nenhum deles está na lista dos favoritos. A depender da campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo em 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá, esse tabu poderá ser quebrado no ano que vem.





