Caminha para acabar na Justiça o bom relacionamento entre Corinthians e Memphis Depay, como ocorreu com todos os contratos não pagos que colocam atualmente o clube contra a parede após decisões da Fifa de transfer ban, aquela determinação aos devedores no futebol que os impossibilitam de contratar reforços até que a quitação da pendenga. No caso de Depay, a pendenga é de R$ 23 milhões. Já era de R$ 18 milhões e cresceu um pouco mais nos últimos meses. Há pessoas ligadas ao jogador pressionando o clube.

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Por ora, não há rompimento entre as partes. Nem haverá até o fim da Copa do Brasil e do Brasileirão. Mas há sinais de desgastes. O atacante holandês está mais “folgado” do que antes no Corinthians. Perde treinamento. Não se “esforça” para jogar no sacrifício. Demonstra mais alegria na seleção da Holanda do que no clube.

Agentes pressionando o clube

Não será Depay a brigar pelos seus direitos no Parque São Jorge, embora ele seja esclarecido para isso. Ele leva a vida numa boa e tem contrato até junho do ano que vem. Portanto, se for para a Copa, é possível que ele nem volte mais para o Brasil. O contrato não será renovado nas bases atuais, com as regalias e os valores.

Memphis já acumula crédito com o Corinthians de R$ 20 milhões: contrato vai até junho de 2026 / Corinthians

O Corinthians paga de hotel a cozinheiro para o jogador estrangeiro, com passagens aéreas para a Europa e motorista particular. Nem o presidente Osmar Stábile tem tamanha mordomia. Mas Memphis não tem culpa de ser atendido em seus pedidos. O responsável foi quem aceitou tudo isso, no caso, o ex-presidente Augusto Melo. Ocorre que a única saída se o dinheiro não aparecer é a Justiça. Os agentes do holandês não vão deixar a bolha estourar, embora já seja tarde para isso.

Parcelas até março

O clube quer pagar a dívida em parcelas até março do ano que vem. Serão mais de R$ 5 milhões por mês só para ele. E os outros? Há metas, férias e encargos de fim de ano, o que deve fazer a dívida com Depay quase dobrar. As receitas estão comprometidas. O Corinthians terá de escolher que boleto pagar. Não há dinheiro para pagar tudo.

No fim do ano, a tendência também é que os credores passem a pressionar mais e a tomar medidas mais duras na tentativa de não levar o passivo para 2026. A dívida acumulada do Corinthians é de R$ 2,7 milhões. Há dois transfers ban para pagar, assim como a folha de pagamento dos últimos três meses do ano. E uma fila de bons credores.

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