Osmar Stabile completou 60 dias como presidente interino do Corinthians e, nesta segunda-feira, tratou de um dos assuntos mais sensíveis da sua gestão: o contrato de Memphis Depay. Em meio a rumores de rompimento, o dirigente assegurou que o clube não tem qualquer intenção de suspender ou rescindir o vínculo com o atacante. Mas reconhece as dificuldades financeiras que o clube enfrenta para cumprir os termos acordados.
Stabile garantiu que não há tratativas para readequar cláusulas contratuais, tampouco existe um plano alternativo para renegociação — mesmo com o Corinthians atrasando pagamentos que estavam previstos desde a assinatura do contrato. Mas foi essa inadimplência que motivou Depay a acionar seus advogados e a faltar a um dos treinamentos. Esse episódio acendeu o alerta de uma possível ruptura por parte do jogador.

Sem dinheiro em caixa para garantir o cumprimento integral das obrigações futuras, o presidente interino se comprometeu publicamente a manter o contrato do holandês. Mais que uma decisão técnica ou financeira, trata-se também de um gesto político: Stabile mira a permanência no poder caso o Conselho Deliberativo convoque novas eleições para substituir oficialmente Augusto Melo.
Stabile quer ser presidente legítimo
Na coletiva da tarde desta segunda-feira, ele deixou clara a intenção de se firmar como solução de continuidade, mesmo diante de um cenário preocupante. Portanto, o desafio de manter uma estrela como Depay em meio ao caos financeiro é grande. E, se por um lado pode ser visto como coragem administrativa, por outro também expõe o risco de prometer o que o clube não consegue cumprir.
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A manutenção de um contrato milionário sem lastro financeiro beira a irresponsabilidade — sobretudo num momento em que o clube acumula dívidas, sofre com transfer bans e depende de receitas que ainda não existem. Depay pode até ficar, mas o risco é o Corinthians continuar pagando caro para não conseguir pagar.





