A única coisa boa para o Santos foi ver Neymar mais uma vez durante os 90 minutos. Mais nada. O time foi presa fácil diante de um Mirassol embalado e sem dar moral para o atacante da Vila. Meteu 3 a 0 em dó. Neymar não teve o mesmo rendimento do jogo contra o Flamengo. Jogou mal. E sofreu algumas faltas duras. A derrota mantém o Santos em alerta na tabela do Brasileirão.
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Cleber Xavier colocou Neymar como armador e longe da área. Não é nesta posição que o jogador rende mais. Neymar tem de estar dentro da área ou nas suas proximidades. Perto do gol. Com sua habilidade, ele é capaz de resolver jogadas rapidamente e num curto espaço de campo, como fez diante do Flamengo.
Para isso, no entanto, o Santos precisa ter um armador. Não tem. Neymar também não tem parada. Ele vai atrás da bola o tempo todo. Sabe da necessidade do time e da sua condição. Quer ajudar. Mas precisa, aos 33 anos, aprender a jogar em setores diferentes do campo de quando tinha 18 anos. Não dá mais para ele. Messi aprendeu.
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Enquanto não colocar isso na cabeça, vai sofrer. Ou então ele tem de ser meia e não chegar dentro da área. Neymar não tem pernas para jogar como jogava antes.
Cleber tem de mandá-lo para a área
A decisão passa por ele e pelas orientações do treinador santista. Mas mandá-lo para dentro da área tem um problema: não é essa posição que vai levá-lo de volta para a seleção brasileira, caso ele consiga jogar mais e melhor e seja escolhido pelo treinador Carlo Ancelotti. Não há garantias. O Brasil pode abrir mão de Neymar na Copa do Mundo. Esse Neymar de hoje não tem lugar no time. O Santos tem 14 pontos em 14 jogos.
