Neymar deve para todo mundo no Santos. Deve para o time e para a torcida. Seu último gol foi marcado em março. Não honrou a confiança do presidente do clube nem dos patrocinadores que apostaram alto em seu retorno ao futebol brasileiro. Mas ele tem neste segundo semestre a oportunidade de acabar com o mimimi de sempre e voltar a jogar futebol. O tempo que precisava para se colocar em pé já acabou. De modo que Neymar tem de mudar a sua história ou continuar sendo uma farsa dentro de campo, como tem sido desde o Al-Hilal.
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Se a sua história tivesse um ponto final hoje, ela seria negativa, de menino mimado e sem juízo. Portanto, de uma cara que desperdiçou o seu talento. As bobagens que Neymar fez na carreira superam seus anos gloriosos no Santos e Barcelona, com alguns bons momentos também no PSG. Neymar é refém de si mesmo, de seus sonhos e da recusa de crescer. Sua mais nova extravagância foi ter comprado uma réplica do carro do Batman, o Batmóvel. O preço? R$ 8,5 milhões. É um carro para andar no condomínio porque não há registro oficial para o seu uso nas ruas. É mais um brinquedo de Neymar.
Mas ninguém tem nada a ver com isso. Neymar toma o caminho que quiser e, como pessoa pública, será ‘julgado’ pelos seus atos, como já é há anos. Ocorre que ele ainda é um atleta profissional, nosso tema neste The Football. E como jogador, Neymar é uma piada. Agora, há um pacto entre os companheiros de Santos para ajudá-lo, quando sua volta foi para que ele ajudasse ao elenco.
Talento perdido aos 33 anos
Neymar é digno de pena no futebol aos 33 anos. É um talento perdido e irreconhecível em seu ‘túmulo’ a céu aberto. E por sua culpa. Pela falta de foco e de profissionalismo sério. Pelas companhias. Por outros tantos compromissos que o tiram diariamente dos gramados. Ou simplesmente por não querer mais.
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Mas como ainda é jogador do Santos, espera-se sempre uma reação, não de uma partida, mas de uma temporada. De uma Copa do Mundo. Se os últimos treinadores que comandaram Neymar tivessem tido a coragem de Filipe Luís, do Flamengo, ao denunciar o corpo mole do atacante Pedro e tirá-lo do time, o camisa 10 da Vila seria outro atleta e homem. Mas Neymar sempre foi maior do que todos. E ninguém até agora disse a ele as verdades que precisa ouvir.
