Fim da lua de mel. Depois de três vitórias consecutivas que reacenderam a esperança de uma arrancada no returno como em 2024, o Corinthians voltou a mostrar uma antiga versão conhecida — e indigesta — na derrota por 2 a 1 para o Bragantino, nesta quarta-feira, em Bragança Paulista. O time da casa não vencia havia quatro rodadas e entrou em campo como quem precisava provar algo. Conseguiu. Do outro lado, sobraram irritação e queixas contra a arbitragem como desculpas por mais uma derrota fora de casa.
Apesar das lamúrias manjadas, não se pode negar que Edna Alves teve uma noite marcada por insegurança na condução do jogo e nas tomadas de decisões em lances capitais. Foi ao VAR para marcar o pênalti que abriu o placar, como se precisasse de uma segunda opinião para assumir decisões óbvias. Depois, expulsou Martínez, mostrando um segundo cartão amarelo que ela mesma parecia não ter percebido ser o segundo. Um agarra-agarra na área antes de um escanteio, advertência automática, mas sem convicção.

A partir dali, o jogo virou um caldeirão: jogadores tentando influenciar, tumulto a cada apito, condução caótica. As reclamações corintianas têm fundamento. Mas não explicam tudo.
Escolhe o jogo para jogar
Porque, convenhamos: não foi só por causa da árbitra que o Corinthians perdeu, pois cansou de repetir velhos erros e fraquezas do passado quando joga de visitante. Se em casa a equipe se impõe, pressiona, corre riscos e busca o gol com coragem, fora ela parece acomodada, horizontal, previsível. Toca de lado, renuncia ao protagonismo, dá a impressão de escolher os jogos em que decide se comportar como Corinthians. A torcida já percebeu e cobra, com razão. Essa postura é inadmissível.
Gol de Yuri Alberto
O Corinthians começou bem, criando duas grandes chances até os 25 minutos — em uma delas, a bomba de Breno Bidon explodiu no travessão de Cleiton. Mas bastou o Bragantino equilibrar as ações para o time de Dorival Júnior recuar, errar passes simples, perder divididas e viver de espasmos. Virou perdendo por causa do pênalti marcado pelo VAR. Mesmo com um a menos, achou o empate no rebote que Yuri Alberto empurrou para as redes. Um sopro de vida. Um lampejo.

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Só que o empate para o Corinthians de hoje parecia um conforto. Recuou ainda mais. Passou a jogar contra o relógio e contra os próprios nervos. Indignou-se tanto com a arbitragem que esqueceu de jogar. E, no fim, veio o castigo. John John levantou na área e Izidro Pitta, livre nas costas de Matheusinho, testou para o gol que fez justiça ao time que mais queria vencer. Um castigo bem aplicado a esse Corinthians que parece mesmo escolher jogos para brilhar.





