O Flamengo fez três gols no Palmeiras no primeiro tempo por causa de duas falhas de Bruno Fuchs e uma bobeada de Aníbal Moreno. Nos três lances capitais, Pedro estava envolvido. O atacante deu passe para Arrascaeta marcar o primeiro, sofreu o pênalti no segundo e marcou ele próprio o terceiro. Fuchs permitiu o giro de Pedro no meio de campo e o passe para o meia uruguaio. Depois, recebeu o pisão do zagueiro do Palmeiras dentro da área. No pênalti, Jorginho bateu para marcar. O atacante também tomou o pirulito de Aníbal para arrancar e fazer o terceiro. Abel escalou Fuchs porque ele vinha jogando bem. Os gols do Palmeiras foram de Vitor Roque e Gómez. O Fla ganhou por 3 a 2.
E antes que me cobrem sobre o pênalti, digo, de antemão, que foi. Foi de Fuchs em Pedro, mas também de Jorginho em Gustavo Gómez, quando a partida ainda estava empatada sem gols. O lance fez Abel se descabelar. E com razão. Duas mãos nas costas do zagueiro palmeirense em jogada de ataque dentro da área.

O Palmeiras foi melhor do que o Flamengo, mas vacilou na marcação. O torcedor jamais imaginaria que o time fosse dar o contra-ataque aos donos da casa, tampouco ter desatenção com Pedro e Arrascaeta, dois dos mais perigosos jogadores do Flamengo. O Palmeiras marcou muito mais em partidas no Allianz Parque do que no Maracanã neste domingo. Difícil de entender. Mas foi assim. A pressão na saída de bola do rival foi mantida, o que fez do Palmeiras melhor e mais perigoso. Mas os erros individuais “mataram” o time. O Palmeiras jogou para abrir seis pontos na liderança.
Erros individuais matam o time
Palmeiras e Flamengo estavam concentrados há dias para a partida. Mas tanto Fuchs quanto Aníbal se perderam em jogadas comuns. O volante argentino já tinha se atrapalhado no jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil ao ser expulso. Ele se mostra um jogador que precisa de mais ajuda nas horas decisivas do que outros do elenco. Os erros de Fuchs são simples de explicar: ele ainda não está pronto. Precisa rodar mais e se despir da pecha de “xerifão”. Esse tipo de zagueiro geralmente troca a técnica pela força, a qualidade pelo destempero e a tranquilidade pelas jogadas estabanadas.
A vitória do Flamengo também faz jus ao time mais técnico e frio, mais bem arrumado e que errou menos nos 90 minutos. Simples assim. Aliás, a simplicidade de fazer o arroz com feijão num clássico também alimenta e sustenta. Foi assim que o Flamengo igualou o teatro das operações e o cenário na ponta de cima da tabela do Brasileirão, agora com o mesmo número de pontos do Palmeiras: 61. O time de Abel está em primeiro porque tem uma vitória a mais.
No fim do jogo, o árbitro Wilton Pereira Sampaio deu cartão vermelho para João Martins, auxiliar de Abel, e para Piquerez, que não vai jogar contra o Cruzeiro. Ambos reclamaram sobre uma falta e o fim na partida “antecipadamente”. Eles queriam mais tempo.