Em pouco mais de um mês no comando do São Paulo, Hernán Crespo promoveu uma virada impressionante. Após estrear com derrota para o Flamengo, o técnico argentino engatou uma sequência de quatro vitórias no Campeonato Brasileiro — cinco se incluirmos o triunfo sobre o Athletico-PR pela Copa do Brasil — e tirou a equipe das proximidades da zona de rebaixamento para colocá-la na porta do G4. O salto na tabela é reflexo direto da mudança de comportamento em campo.
Com praticamente os mesmos jogadores que atuavam sob o comando de Luís Zubeldía, Crespo reorganizou o time e apresentou uma proposta mais eficiente e coletiva. O São Paulo agora atua como um bloco: compacto, solidário e obediente. A unidade é visível do goleiro ao ponta-esquerda. Todos se entregam, dividem tarefas, assumem responsabilidades. Ninguém se esconde.

Também chama atenção a intensidade com que o time marca. Os jogadores pressionam com firmeza, ocupam os espaços, não desistem de nenhuma bola. Dão carrinho, brigam pela retomada da posse, correm por cada centímetro do campo. Há suor, comando e convicção — não estrelismo ou firulas. Não é um time brilhante, mas é um time que trabalha. E trabalha junto.
Mentalidade coletiva do São Paulo
Como costuma dizer o próprio Crespo, “o talento ajuda, mas a vontade de ganhar tem que ser de todos, sempre”. Essa mentalidade coletiva é a base da reconstrução que ele promove no Morumbi.
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Esse padrão de entrega coletiva já é suficiente para reacender o otimismo da torcida, especialmente considerando que toda essa reconstrução está sendo feita sem os três principais nomes do elenco: Oscar, Lucas e Calleri. A expectativa é de que, com esses reforços técnicos e experientes novamente à disposição, o teto da equipe se eleve ainda mais. O São Paulo de Crespo tem pouco tempo de vida, mas já mostra um caminho claro — e promissor.