É preciso separar as coisas na investida da Polícia Federal na CBF, atrás de informações que possam comprovar a denúncia de compra de votos nas eleições de Roraima do agora presidente da entidade, Samir Xaud. A Operação Caixa Preta diz respeito à possibilidade de crime eleitoral, que teria acontecido antes de Xaud ser eleito para o lugar de Ednaldo Rodrigues no comando do futebol brasileiro. A deputada Helena da Asatur (MDP) também é alvo da operação.
Samir Xaud é investigado por crime eleitoral, bem antes de ele assumir a CBF. Portanto, não diz respeito ao futebol brasileiro ou a qualquer nova falcatrua de seu presidente. Isso é bom e muito importante ressaltar. Porque todos os presidentes da entidade antes de Samir foram arrancados do cargo por corrupção ou alguma falcatrua dentro do futebol.

Desde que assumiu a CBF, em candidatura única após a queda de Ednaldo Rodrigues, Samir tem tomado decisões importantes e necessárias para o futebol brasileiro, como formar um grupo para tratar do fair play financeiro e tentar reduzir jogos do calendário nacional, sugerindo menos partidas nos Estaduais de 2026.
Samir terá de responder pelo seu passado
Ainda é cedo para avaliar o trabalho do novo presidente da CBF, mas ele também está tentando acelerar a criação de uma liga única no país. Atualmente, os clubes estão divididos (e até rachados) em duas ligas, Libra e LFU.
O fato é que Samir Xaud terá de responder pelo seu passado. Ele se diz tranquilo. Antes de pisar pela primeira vez na CBF, ele era filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mesmo partido da deputada Helena da Asatur. Samir concorreu para o cargo de deputado federal pela sigla nas eleições de 2022, mas não conseguiu se eleger, embora tenha assumido o posto de primeiro suplente do partido e da coligação.
Presidente se diz tranquilo
Samir Xaud também tentou ser deputado estadual em 2018, pela legenda do Partido Verde (PV). Da mesma forma, não teve os votos necessários dos eleitores. Portanto, o presidente da CBF tentou por duas temporadas ser eleito em Roraima, seu estado natal. Mas não conseguiu.
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Nesta operação, chamada de Caixa Preta, foram apreendidos R$ 10 milhões das contas dos investigados. A Polícia quer saber a origem desse dinheiro. E sua finalidade. Existe a desconfiança de que poderia ser para comprar votos, o que é proibido por lei. Trata-se de um crime eleitoral.
A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.
CBF
O presidente da CBF terá de provar sua inocência e dar explicações sobre o caso, o que já fez na manhã desta quarta-feira. Vale ressaltar que a Operação Caixa Preta não tem nada a ver com o futebol brasileiro. Samir Xaud continua sendo um dos investigados da operação.





