Por Fernando Valeika de Barros
Se o Brasil passou por um sufoco daqueles para conquistar a sua classificação para a Copa do Mundo de 2026, outras seleções tradicionais também não estão tendo vida fácil para garantir uma vaga. Um exemplo é a Itália, tetracampeã da Fifa, mas que terá de realizar quase um milagre para disputar o próximo Mundial nos Estados Unidos, México e Canadá. Apesar de em seu último jogo ter conseguido uma heroica vitória por 5 a 4 sobre Israel, fora de casa, com direito a gol do meia Sandro Tonali, nos últimos segundos de jogo, para azar dos italianos, a Noruega, sua concorrente direta, continua imbatível.
Comandados pelo atacante Erling Haaland, que marcou cinco gols e deu duas assistências, nesta rodada de setembro, os noruegueses massacraram a Moldávia por 11 a 1. E assim abriram uma vantagem difícil de ser superada pela Azzurra, mesmo que eles vençam todos os seus jogos.
Atualmente, o saldo de gols da Itália é de +4, enquanto o da Noruega é de +11. Ou seja, para superar os nórdicos e conquistar o primeiro lugar do grupo, sinônimo de classificação direta para a próxima Copa do Mundo, para a Itália já não bastará mais vencer os jogos que faltam, inclusive o último contra os noruegueses, em seu território. Precisaria, também, golear o concorrente direto para tirar essa enorme diferença de gols.
Holanda, de Depay, corre risco
A rodada europeia também deixou indefinida a situação da Holanda, do corinthiano Memphis Depay, que segue com os mesmos 10 pontos ganhos do que a Polônia – com um saldo de gols melhor e a desvantagem de ter um jogo decisivo na casa do adversário, na última rodada. É um cenário similar ao da Croácia, empatada na primeira colocação do Grupo L com a República Checa, com os mesmos 12 pontos.
Os croatas levam vantagem no saldo de gols, mas também definirão o seu destino longe de casa, no confronto direto entre as duas seleções. Apesar de ser derrotada pela Eslováquia na primeira rodada, as chances da Alemanha continuam razoáveis. Ainda jogará contra os eslovacos, em casa. E pela sua participação na Liga das Nações da Uefa, tem um valioso trunfo: uma vaga garantida nos mata-matas da repescagem europeia, em novembro.
Pegas na África
Nas Eliminatórias da África, a situação de Camarões e Nigéria é dramática. Fora de casa, os camaroneses tropeçaram contra Cabo Verde e saíram derrotados por 1 a 0, gol do atacante Dailon Livramento. Com o resultado, os Tubarões Azuis lideram o Grupo D com quatro pontos de vantagem. Bastará que conquistem uma vitória em uma das duas últimas partidas (contra Suazilândia e Líbia, em outubro) para garantir a vaga no Mundial. Para piorar a situação de Camarões, sua seleção não está entre os quatro melhores segundos colocados (entre os nove grupos).Terá de buscar bons resultados e torcer contra concorrentes, como Burkina Faso, para disputar a segunda fase das Eliminatórias da África e, em seguida, o play-off intercontinental, também em novembro.
Egito no caminho
Ainda em pior situação está a Nigéria, que empatou em 1 a 1 com a África do Sul e praticamente não tem mais esperanças de se classificar no Grupo C, no qual os sul-africanos lideram e são os favoritos para conquistar a vaga direta para a próxima Copa. Entre os demais países africanos, Marrocos e Tunísia já carimbaram seus passaportes. Ainda sem garantir a classificação, o Egito também está no caminho certo, assim como Argélia e Gana.
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No Grupo F, a Costa do Marfim conseguiu manter a liderança à frente do Gabão por um ponto (0 a 0), enquanto o Senegal derrotou a República Democrática do Congo (3 a 2), assumiu a liderança do Grupo B e abriu dois pontos de vantagem sobre o concorrente. Qualquer vacilo poderá causar reviravoltas.
