Estagnada nos R$ 40 milhões, o que não é pouco, a vaquinha da torcida do Corinthians vai minguando depois de um boom popular e do envolvimento de muitas personalidades do Brasil. O clube deve ressaltar essa iniciativa em sua história, mas ela precisa de um ponto final. Até porque a mesma torcida, a Gaviões da Fiel, está tentando entender um outro movimento no Parque São Jorge: de uma SAF diferente e popular, que ficaria nas mãos dos torcedores, com poder de voto e de veto nas decisões do clube.
As conversas, conforme noticiou o Meu Timão, são embrionárias, mas necessárias para que o projeto seja esclarecido pelos empresários envolvidos e também pela torcida organizada, a mesma que gritava contra a SAF no passado. Pelo menos no modelo dos clubes brasileiros. Ou seja: entregando o clube para um dono.

É muito difícil imaginar o Corinthians como uma Sociedade Anônima pela força e penetração de sua torcida na vida política e esportiva do clube. Mas o dinheiro que uma S/A poderia trazer para o Parque São Jorge começa a ser visto como única solução para manter o time de Dorival Júnior competitivo num curto espaço de tempo. O Corinthians está num buraco financeiro, em que todo dinheiro arrecadado escorre rapidamente pelo ralo.
SAF pode ser a salvação?
A dívida do Corinthians é de R$ 2,5 bilhões e suas receitas, estimadas em R$ 1 bilhão por ano, são consumidas pelas despesas da temporada, como a folha de pagamento do elenco e tudo o que o clube tem de pagar mensalmente. O maior salário é do holandês Memphis Depay, de R$ 6 milhões por mês.
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Há um consenso começando a se formar no clube de que em mais dois ou três anos o Corinthians estará muito abaixo dos seus concorrentes no Brasileirão: sem jogadores competitivos e atolado em dívidas. Pior: acusado por um fair play financeiro que a CBF começa a desenhar para o futebol brasileiro.
Antes o impeachment de Augusto
Nada está decidido sobre uma possível SAF, diga-se. De modo que todas as movimentações no clube passam antes pela confirmação do impeachment de Augusto Melo e por novas eleições. O Corinthians é um clube sem presidente. Osmar Stabile é interino. Ocorre que tanto a vaquinha para pagar o estádio em Itaquera quanto os primeiros estudos sobre uma SAF estão ligados à participação da Gaviões.





