Para dois gigantes do futebol europeu, o Milan, da Itália, e o Manchester City, da Inglaterra, a nova temporada começou mal. E o que é pior: ambos tiveram desempenhos horríveis em seus respectivos estádios, o que já os coloca no caldeirão das pressões. Na estreia do Campeonato Italiano, o Milan deu vexame ao perder para o modesto Cremonese, de virada, por 2 a 1. Mesmo jogando diante de seus torcedores, no estádio Giuseppe Meazza, e contando com estrelas como o meia croata Luka Modric, o atacante americano Christian Pulisic e o goleiro francês Mike Maignan, a equipe caiu diante de um adversário inferior, recém-promovido da segunda divisão. Por sua vez, o City perdeu para o Tottenham, de Londres, por 2 a 0, no Etihad Stadium. Antes, sua última derrota em casa foi para o Nottingham Forest, há quase seis meses.
No jogo do Campeonato Italiano, embora tenha ficado mais tempo com a bola nos pés, o Milan criou poucas oportunidades e deixou muitos espaços abertos. Isso permitiu ao bem organizado Cremonese marcar dois gols, fazendo com que o técnico Massimiliano Allegri deixasse o campo sob vaias.

Com a janela de transferência a poucos dias do fechamento, os dirigentes do clube italiano precisarão correr para conseguir reforços. Após a lesão do atacante português Rafael Leão, que sofreu um problema muscular na perna direita, a busca por um centroavante virou questão urgente. Um dos nomes especulados é o do dinamarquês Conrad Harder, atualmente no Sporting de Lisboa, que estava quase negociado com o Rennes, da França. Se o Milan topar pagar os 24 milhões de euros exigidos pelo clube português, vencerá a disputa.
Pep Guardiola nas cordas
A situação do Manchester City também não é boa. Após o clube inglês ser eliminado nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, em julho, pelos sauditas do Al-Hilal, em Orlando, na Flórida, a expectativa era que o técnico espanhol Pep Guardiola fizesse o time iniciar a nova temporada com energia renovada. Contudo, isso não aconteceu. Guardiola está nas cordas.

Na estreia em casa pela Premier League 2025/26, o City foi dominado pelo Tottenham e perdeu por 2 a 0. Para deixar a situação do time ainda mais complicada, o clube está passando por um período de instabilidade. Fora das quatro linhas, Guardiola enfrenta suas próprias mudanças na comissão técnica. Juanma Lillo e Inigo Dominguez, seus assistentes, assim como Carlos Vicens, que cuidava das cobranças de falta, deixaram a equipe inglesa. Para preencher os postos vagos, chegaram Pep Lijnders, ex-assistente de Jurgen Klopp no Liverpool, e James French.
City espera por mudanças
O City passou por uma renovação considerável no elenco. Os jogadores brasileiros Ederson e Savinho, o defensor suíço Manuel Akanji e o meia alemão Ilkay Gundogan devem ir embora. Se isso se consumar, seguirão os passos do belga Kevin de Bruyne. Após uma década de conquistas na Inglaterra, De Bruyne decidiu ir para o Napoli depois de não receber uma proposta para ficar no clube inglês.
Nas últimas semanas, o City até trouxe novos jogadores, como o atacante francês Rayan Cherki, o lateral esquerdo Rayan Ait-Nouri, o holandês Tijjani Riejders e o meia egípcio Omar Marmoush, que se juntam ao português Bernardo Silva no meio de campo. Mais reforços deverão vir a toque de caixa. Um dos novos nomes deverá ser o goleiro italiano Gianluigi Donnarumma, campeão da Liga dos Campeões do ano passado, com o Paris Saint-Germain. Assim como está acontecendo no Milan, a dúvida é saber se remontar um time sob pressão e a curto prazo dará certo.







