Então, estamos conversados. Flamengo, Palmeiras e São Paulo estão vivos na luta pelo primeiro tetra da Libertadores entre os brasileiros. Passadas as partidas de ida das quartas de final, cada um contornou de caneta marca-texto o tamanho do monstro que terá de derrotar no jogo derradeiro. Alguns ganharam mais confiança e outros, pulgas atrás da orelha. Até a bola rolar na próxima semana, pode deixar na conta da torcida a conversa, as especulações e a ‘secadeira’.
Mas as chances de termos os três envolvidos nas semifinais são bem reais, ainda que bem distintas. Entre as duas partidas, há neste fim de semana o Brasileirão. E vale ressaltar que Flamengo e Palmeiras duelam na parte de cima da competição.
O Palmeiras apresenta a atuação mais sólida da fase: venceu o River Plate por 2 a 1 em pleno Monumental de Nuñez. Algo que poucos conseguem. Foi dominante no primeiro tempo, abriu vantagem com Gómez e Vitor Roque, e só recuou demais na etapa final, quando permitiu a bola na rede de Martínez Quarta. Ainda assim, volta para o Allianz Parque com a faca, o queijo e o alfajor na mão. Pode empatar em casa para avançar, e mesmo que perca por um gol de diferença, a decisão vai para os pênaltis.
A segurança defensiva readquirida, o novo esquema tático funcionando, a adição técnica de Andreas Pereira e, claro, a fase da dupla Flaco-Roque deixa a galera verde confiante.
Tricolor tem seus problemas
Quem vencer entre Palmeiras e River enfrenta quem vencer de São Paulo e LDU. Na atual conjuntura, o Tricolor vive o cenário mais ingrato. Encarar a altitude de Quito nunca é simples, e o 2 a 0 para a LDU expôs as dificuldades do time de se impor fora do Morumbis. A equipe equatoriana aproveitou as falhas são-paulinas e não perdoou. Agora, no jogo da volta, em casa, Hernán Crespo e seus comandados precisam devolver a diferença de gols para levar a decisão para a marca da cal, ou vencer por três ou mais para se classificar direto.
A missão é dura, ainda mais pela necessidade de aliar pressão ofensiva com equilíbrio defensivo – vacilar de novo na defesa pode custar a vaga na semifinal. A força da torcida será mais uma vez o combustível de uma equipe que tem se reencontrado com o novo técnico, mas que precisa mostrar que é cascuda o suficiente para descascar esse grade abacaxi.
Flamengo poderia ter resolvido no Rio
Do outro lado da chave da Libertadores, o Flamengo também venceu, mas saiu do Maracanã fazendo careta. Contra os argentinos do Estudiantes, o rubro-negro deu aula: gol de Pedro com 16 segundos, vantagem ampliada ainda no primeiro tempo por Varela, e uma promessa de noite de gala. Só que os cariocas não conseguiram matar a eliminatória e, com a “ajuda” de uma atuação desastrosa da arbitragem, deu vida ao rival.
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O gol dos argentinos no fim mudou o tom da volta em La Plata, com a atmosfera hostil. É verdade que um empate já basta ao Flamengo, que tem um time muito melhor e acostumado às grandes decisões. A sorte – e o favoritismo – estarão em jogo na próxima semana.
