Diogo Castro
Da ESPM | The Football

Na tarde desta terça-feira, dia 11, o São Paulo soltou uma nota oficial para comunicar que o meia Oscar foi levado ao hospital Albert Einstein devido a alterações cardíacas. O diagnóstico apareceu durante a bateria de exames que o clube realizou nos atletas já visando a pré-temporada de 2026. Segundo o São Paulo, o jogador está bem, mas ficará em observação no hospital.

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A principal contratação do Tricolor para a temporada já estava em fase de recuperação de uma lesão na panturrilha, a sua quarta no ano. Oscar sempre foi considerado um atleta saudável, cuja carreira sempre registrou mais participações nos jogos do que ausência.

Jogadores do São Paulo sofrem com lesões no ano e passam muito tempo entregues ao DM, sem data para voltar / SPFC

A última lesão do camisa 8, antes de ser contratado pelo Tricolor, foi em 2021, uma fratura em um dedo do pé. O seu maior período de baixa, antes de fraturar três vértebras neste ano, contra o Corinthians, durou dois meses, em 2016, por problemas musculares na coxa.

DM em xeque no São Paulo

Oscar não é o único atleta que sofreu com problemas clínicos nesta temporada. Lucas Moura teve lesão no joelho em março, que resultou em um rompimento ligamentar parcial e um estiramento da cápsula posterior. Em maio, o atleta foi a campo e saiu reclamando de dores, o que o fez voltar a jogar só em agosto. Ele passou por nova cirurgia. Atualmente, o atacante parece inseguro nos jogos e não rende o nível que se espera dele.

Lesões fazem parte da rotina dos clubes de futebol, principalmente com um calendário maluco como é o brasileiro. Mas o fato é que o departamento médico do São Paulo, antes tratado como referência em qualidade e inovação, apresenta dificuldades para recuperar os jogadores nos últimos anos. Neste ano, foram 60 desfalques por problemas físicos. Em 2024, o DM registrou um número menor: 55 desfalques. Em 2023, 47. São nove atletas do time de Crespo no DM nesse momento, número que pouco oscilou ao longo do ano. Os rivais Palmeiras e Corinthians têm, somados, oito lesões atualmente.

Clube admite problemas no DM

O coordenador de saúde do São Paulo, Felipe Marques, admitiu no painel “Sport Integrity & Innovation Summit”, em outubro, que o índice de lesões em jogos é mais alto do que a média estabelecida pela Uefa como padrão. A cada mil horas, o número normal de lesões é de 23,8, já a média do Tricolor é de 32.

Calleri, ao lado de Bobadilla: atacante argentino passou por cirurgia no joelho e só volta a jogar em 2026 / SPFC

O problema é que os jogadores conversam entre si e já há uma desconfiança no trabalho do setor no São Paulo. O pior que poderia acontecer é a quebra de credibilidade nos profissionais do clube e também em sua estrutura para recuperar atletas machucados. No passado não muito distante, o DM do CT da Barra Funda abria suas portas para tratar de jogadores brasileiros machucados na Europa.

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O São Paulo promete uma reformulação na área de saúde do clube para 2026. O time fará mudanças no DM, no Reffis, na preparação física, fisiologia e fisioterapia. Haverá mudanças de pessoas, equipamentos e do trabalho do dia a dia. O entendimento da diretoria Tricolor é que houve erros ao longo do ano, algo que precisa mudar para a próxima temporada.

O caso de Oscar, identificado só agora, ajuda a compor esse cenário que sugere a necessidade urgente de mudanças. O que já foi marca de excelência do clube tricampeão mundial é um dos pontos mais vulneráveis na estrutura do departamento de futebol profissional.

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