De Doha
Organizada pela Fifa a cada quatro anos, a fase final da Copa Árabe reúne as 16 melhores seleções de países árabes do Oriente Médio e da África. A competição foi realizada no Catar pela segunda vez consecutiva, em alguns dos modernos estádios que receberam partidas da Copa do Mundo de 2022. A edição deste ano foi um sucesso, com clima animado pelas ruas de Doha e arquibancadas lotadas. E sabe quem ganhou? Marrocos, o primeiro adversário do Brasil, de Carlo Ancelotti, na Copa do Mundo.
O torneio serviu como uma prévia do que as seleções desta região do planeta poderão apresentar na próxima Copa do Mundo, a partir de junho do ano que vem. A final foi disputada entre Marrocos — que será o primeiro adversário do Brasil no Mundial de 2026, no dia 14 de junho — e a Jordânia, hoje considerada uma das seleções mais competitivas do futebol asiático. Os jordanianos foram sorteados no grupo da Argentina e enfrentarão os atuais campeões mundiais no dia 28 de junho, em Dallas.

Apesar de os marroquinos terem poupado seus principais jogadores — já que neste mês disputarão a Copa das Nações Africanas, que será organizada no país — e de o técnico da seleção principal, Walid Regragui, não ter comandado a equipe, que ficou sob responsabilidade de Tarik Sektioui na Copa Árabe, Marrocos fez uma bela campanha e conquistou seu primeiro título na competição desde 2012. Mesmo sem suas estrelas, Sektioui montou um time competitivo, que chegou ao título sem perder um jogo sequer.
Campeão da Copa Árabe
A final foi disputada no Estádio Lusail, o mesmo da decisão entre Argentina e França na Copa do Mundo de 2022, diante do emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, e de 84.517 torcedores — quase o dobro do público que assistiu a PSG x Flamengo pela Copa Intercontinental. O jogo foi intenso, muito disputado e repleto de lances emocionantes.
SIGA THE FOOTBALL
Facebook
Instagram
Linkedin
Threads
Tik Tok
Marrocos saiu na frente ao aproveitar sua primeira chance logo aos 4 minutos — e com um golaço. Pouco antes da linha do meio de campo, o meia Oussama Tannane percebeu que Abu Layla, goleiro da Jordânia, estava adiantado e arriscou um chute espetacular, de aproximadamente 55 metros. A bola entrou, tornando o marroquino um forte candidato ao Prêmio Puskás da Fifa de 2026, que premia o gol mais bonito da temporada.

Os jordanianos sentiram o baque, mas voltaram melhores após o intervalo. Empataram logo aos 3 minutos do segundo tempo: Ali Olwan, camisa 9, subiu mais alto que os zagueiros marroquinos e acertou uma cabeçada fulminante, sem chances para o goleiro Benabid. A Jordânia se animou, partiu para cima e virou o jogo.
Marrocos está no grupo do Brasil
Aos 25 minutos, Achraf El Mahdioui, de Marrocos, bloqueou um chute dentro da área com a mão. Após consulta ao VAR, o árbitro sueco Glenn Nyberg marcou o pênalti. Na cobrança, Ali Olwan converteu com tranquilidade, para a festa da torcida jordaniana, maioria nas arquibancadas.
Brasil e Argentina terão problemas
Mesmo com um time alternativo, Marrocos resistiu e não desistiu. Três minutos antes do fim do tempo regulamentar, foi recompensado com o gol de empate do atacante Abderrazak Hamdallah. Foi na base da raça. Predestinado, aos 10 minutos da prorrogação, ele marcou novamente, com oportunismo, garantindo o título para Marrocos. Ao que tudo indica, Brasil e Argentina não terão vida fácil contra nenhuma dessas duas seleções árabes, que contam com equipes bem armadas, intensas fisicamente e que não desistem nunca.





