O meia Oscar sofreu uma lesão na panturrilha esquerda e vai continuar fora do São Paulo por mais tempo. Pode chegar a seis semanas ausente, o que se junta ao período que ficou parado se recuperando das vértebras quebradas em campo, contra o Corinthians. Ou seja: jogando e defendendo as cores do time. Oscar não tem culpa de nada. Mas o fato é que ele deve voltar perto do fim da temporada. Tarde demais, portanto. Novas avaliações médicas serão feitas.
É preciso ter calma antes de condenar o jogador de 34 anos e dar os próximos passos no Morumbi. Sua volta sempre foi um risco pela idade. Mas foi uma aposta bancada pela diretoria do presidente Julio Casares com dinheiro de patrocinador. Pouco menos da metade. Ainda é assim. Oscar jogou 21 partidas neste ano, o mesmo número de Neymar no Santos. Esperava-se mais de ambos.

Oscar tem mais dois anos de contrato com o São Paulo, até dezembro de 2027. Casares tem dois caminhos para conduzir o problema. O primeiro deles, e também o mais fácil e vergonhoso, é esperar pela recuperação do meia e vendê-lo. Muitos dirigentes fariam isso. A decisão seria mais fácil se o patrocinador parasse de pagar o salário do jogador, estimado em R$ 3 milhões por mês. Mesmo assim, seria um abandono ao jogador.
Casares tem dois caminhos
O segundo caminho é mais simples ainda: recuperar Oscar e tentar colocá-lo em pé, mas somente em 2026. Há muita pressão no Morumbi para a volta do jogador. Oscar é cobrado para jogar, mesmo não tendo condições clínicas e físicas. Imagina como fica a cabeça de um atleta. O torcedor cobra. Os cardeais cobram. E o próprio departamento de futebol do clube se vê numa encruzilhada com um dos seus melhores jogadores.
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Não há um terceiro caminho nessa história. Aliás, esse caminho já foi testado e não deu certo. É exatamente o que viveu o jogador nas últimas semanas, prestes a voltar, talvez antes da hora até. Essa pressão não é uma exclusividade do São Paulo. Ela acontece em todos os clubes brasileiros.