A CBF agiu rápido desta vez e afastou os árbitros e seus pares do VAR que trabalharam nas partidas de São Paulo 2 x 3 Palmeiras e Bragantino 1 x 0 Grêmio deste fim de semana do Brasileirão. Ramon Abatti Abel, que esteve no Morumbis, e Lucas Casagrande, responsável pelo apito em Bragança Paulista, foram mandados para a “geladeira” e afastados de suas funções até que aprendam a apitar direito. Eles foram responsáveis diretamente pelas derrotas das duas equipes.
Eles estragaram suas respectivas partidas e prejudicaram, respectivamente, São Paulo e Grêmio no Brasileirão. Os pontos não voltam mais. Eles erraram em lances capitais da disputa por arrogância e mostraram total falta de conhecimento das regras e do que é o futebol. Abatti Abel deixou de marcar um pênalti para o time de Crespo quando o jogo ainda estava 2 a 0 para os são-paulinos e também não expulsou o volante Andreas Pereira por uma falta clara de cartão vermelho contra Marcos Antônio.

Por sua vez, Casagrande marcou um pênalti absurdo em favor do Bragantino e definiu o resultado contra o Grêmio. É preciso condenar também toda a turma da cabine do VAR que esteve nesses dois jogos. Eles se valeram das imagens e daquelas conversas patéticas antes das decisões, mas não foram capazes de enxergar o óbvio.
Ilbert Estevam e Gilberto Castro Júnior
Ilbert Estevam da Silva esteve na liderança do VAR no Morumbis, enquanto Gilberto Rodrigues Castro Júnior “ajudou” o árbitro em Bragança a tomar a decisão errada. Os quatro erraram e todos foram afastados de suas respectivas funções. Como se faz no futebol de várzea, muitas vezes bem apitado, os árbitros tiveram de “entregar o apito“. Não há nada mais vergonhoso do que isso numa partida de futebol. Eles não têm previsão de voltar a apitar jogos neste ano.
Veja abaixo a nota da CBF
A Comissão de Arbitragem da CBF informa que os árbitros centrais e de vídeo (VAR) das partidas Red Bull Bragantino x Grêmio e São Paulo x Palmeiras serão condicionados a treinamento, aprimoramento e avaliação interna, para posterior retorno às atividades.
As diretorias de Grêmio e São Paulo se revoltaram e bateram imediatamente na CBF. O presidente Samir Xaud tomou rapidamente a decisão de afastar os árbitros, de campo e do VAR, que estiveram nessas duas partidas. É um começo, mas o futebol brasileiro já viu isso muitas vezes. Esses árbitros permanecem um tempo fora de ação, voltam para a escolinha e retomam suas atividades em divisões inferiores antes de voltar a comandar os principais jogos do país. Portanto, o caminho dessa reciclagem é manjado.

A CBF tem um plano para mudar o comando da Comissão de Arbitragem e rever o quadro de árbitros do futebol brasileiro, assim como a possibilidade de profissionalizar seus colaboradores do apito. Há a possibilidade ainda de mudar o perfil das pessoas que trabalham no VAR e da criação de um padrão mais claro para as decisões das 17 regrinhas do futebol. O que a CBF quer é recomeçar do zero.
Prerrogativa de mudar o resultado
Mas isso não será para esta temporada. Depois de mexer no calendário do futebol nacional, Samir Xaud se dedica a desenvolver um plano de fair play financeiro para as disputas brasileiras, tentando impedir um maior endividamento dos clubes. O projeto será apresentado em novembro. A arbitragem seria o terceiro pilar das mudanças propostas pelo novo presidente da CBF.
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Mas não está descartada a montagem de um time de notáveis, não necessariamente de ex-árbitros, para avaliar a arbitragem brasileira em todas as rodadas do Brasileirão, mas com a prerrogativa de mudar o resultado do jogo em casos assombrosos como os que foram registrados no Morumbis e em Bragança Paulista.