Neste Dia das Crianças, vale lembrar que o futebol não é apenas um passatempo nacional. É um espelho do que somos e do que gostaríamos de ser: um país capaz de sonhar junto, de jogar limpo, de acreditar que o próximo gol pode mudar o jogo. No Brasil, o futebol ainda é o primeiro grande sonho de muitas crianças. É o jogo que atravessa gerações, o símbolo mais forte de um país que aprendeu a se reconhecer na bola. Mesmo em tempos de telas, algoritmos e distrações digitais, o campo — de grama, terra ou asfalto — continua sendo o território da imaginação nacional.

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A infância brasileira não precisa de muito para se encantar com o futebol. Basta uma bola e algum espaço. O resto vem naturalmente: o drible como brincadeira, o gol como gesto de alegria, a competição como forma de descobrir limites. É ali, no improviso, que se revela a alma do esporte mais popular do país — e talvez a mais fiel tradução do que é ser brasileiro.

Maior brinquedo que uma criança pode ganhar: futebol no Brasil é mais que um jogo, é um jeito de pertencer / Divulgação

Toda geração tem seus heróis, e é assim que o ciclo se renova. Um garoto sonha em ser como Vini Jr. ou Estêvão. Uma menina quer seguir o caminho de Marta ou Gabi Zanotti. E quando os dois dividem o mesmo campo, o mesmo desejo, o futebol se torna o que sempre deveria ter sido: o espaço da igualdade, da convivência e da esperança.

O futebol forma nossas crianças

O futebol é mais do que um jogo: é um exercício de identidade do nosso país. É no campinho que a criança aprende a dividir, a respeitar, a cair e a levantar, a ganhar e a perder. O que parece brincadeira é, na verdade, um caminho de formação. Por isso, cada vez que uma criança chuta uma bola, o Brasil reaprende a sonhar.

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Mas o sonho também revela contradições. A maioria dos meninos e meninas que jogam bola no Brasil não terá chance de virar profissional. Muitos não encontrarão sequer estrutura para continuar jogando. O futebol, que deveria ser ferramenta de inclusão, ainda é um retrato de desigualdade — de quem tem acesso ao clube, à escola, ao apoio.

Sentimento de pertencer

Ainda assim, o fascínio resiste. E talvez seja essa a força do futebol: ele sobrevive porque continua despertando nas crianças o sentimento de pertencimento, o desejo de vencer pela alegria. É o primeiro idioma que o Brasil aprende e o último que esquece.

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