Ouvi nesta semana de alguns palmeirenses que o Palmeiras está “certinho” demais dentro de campo, sem seus “bad boys” capazes, por exemplo, de empurrar o goleiro Hugo naquele lance em que o corintiano foi tirar satisfação com os rivais na comemoração do gol anulado pelo VAR de Maurício. Richard Ríos era o último capaz de peitar os adversários. O último dos moicanos. “Como o Felipe Melo faz falta nessas horas”, disse um deles.
O entendimento é que o Palmeiras tem um time de jogadores “bonzinhos” de mais e o futebol não perdoa uma equipe assim. Ninguém prega brigas ou maldades em campo, mas as provocações fazem parte do futebol. O torcedor sabe disso. Os jogadores sabem disso. E o Palmeiras foi intimidado pelo Corinthians em Itaquera sem reagir. Hugo e alguns outros corintianos trataram de fazer isso porque são mais experientes e mais ‘bad boys’.

Provocar não ganha jogo, mas faz parte do futebol ter malícia, tirar o adversário do sério, cobrar, empurrar e pressionar. A escola argentina tira 10 nesta matéria. Nenhum dos palmeirenses com quem falei defendeu o time de Abel nesse sentido. Nenhum. Pior. Eles apontaram o contrário. Disseram que os atletas ficaram acuados dentro da Neo Química Arena.
Candidatos a ‘bad boys’
Questionados sobre quem seria esse jogador no Palmeiras capaz de devolver as intimidações, dois nomes surgiram de imediato. O primeiro deles foi Gustavo Gómez, capitão do time e com autoridade para peitar qualquer um. Mas o zagueiro paraguaio não tem esse perfil. Está mais para “Kaká” do que para “Felipe Melo”.
A surpresa foi ouvir o segundo nome: Vitor Roque. O garoto de 20 anos, que acabou de chegar ao Palmeiras, foi apontado como um novo “Kléber Gladiador”. O atacante encara os marcadores de peito aberto, mas no jogo legal, disputado e na briga pela bola. Ocorre que o garoto já carrega essa fama de não se sentir intimidado por ninguém. Concordo. Vitor Roque tem jogado bem e está tentando se firmar no time de Abel.
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O próprio treinador, diga-se, sabe o poder da intimidação dentro de campo e à beira do gramado. Sem Ríos, vendido ao Benfica, a vaga de ‘bad boy’ no Palmeiras está aberta. E, segundo alguns palmeirenses, ela precisa ser ocupada rapidamente.