O Brasil amargou sua primeira derrota para o Japão na história do confronto. Perdeu por 3 a 2, de virada, depois de estar vencendo por 2 a 0. Jogou sem a devida responsabilidade depois dos dois primeiros gols. Recuou e não se deu conta da insistência dos donos da casa. Só melhorou na parte final do segundo tempo, desperdiçando chances dentro da área. Também entrou em compo com um time reformulado em relação à escalação principal, vista diante da Coreia do Sul.

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Então, é preciso parar com os testes e aprimorar os melhores jogadores. O tempo é curto. Perder para o Japão deixa a seleção em alerta e com a necessidade de continuar trabalhando. É preciso também confiar no trabalho e na competência de Ancelotti. Ele é o melhor na função. Trabalha com seriedade e corre contra o tempo. Mas chega de testes.

Quais são as lições da derrota?

Mas o que se pode tirar dos dois amistosos que a seleção brasileira fez na Ásia, contra Coreia do Sul (5 a 0) e Japão (2 a 3)? A primeira conclusão é a “peneira” que Carlo Ancelotti faz com alguns jogadores. Quando diz que precisa conhecer certos atletas, o treinador não está se valendo apenas de uma figura de linguagem. Ele quer saber como eles jogam e como podem contribuir com o time na Copa do Mundo. É o caso, por exemplo, do lateral Paulo Henrique, do Vasco, que marcou um dos gols contra a seleção japonesa, ou mesmo do goleiro Hugo Souza, do Corinthians, que foi mal. Mas os testes devem acabar. O Brasil fará mais dois amistosos em novembro, contra Senegal (em Londres) e Tunísia (em Paris).

Ancelotti apostou na mudança do time que enfrentou o Japão em relação à escalação principal diante da Coreia do Sul / CBF

Uma outra conclusão são as escolhas de Casemiro, Bruno Guimarães e Vini Júnior para o time principal. Os três jogaram as duas partidas e estão confirmados como homens de confiança de Ancelotti. Das 11 vagas, essas três parecem certas há oito meses da competição nos Estados Unidos, Canadá e México. Os três sobraram contra a Coreia do Sul, mas tiveram dificuldades diante do Japão. A derrota de virada não deve tirar o time do caminho. São acertos de posicionamento e saída de bola. Fabrício Bruno errou duas vezes. Uma delas numa saída de bola. E fez um gol contra. São detalhes que precisam ser corrigidos. Casemiro comentou o perigo de “apagar” por 45 minutos num jogo de Copa.

Falta um armador

Casemiro e Bruno Guimarães estão entrosados no meio de campo, com um detalhe: Bruno deu dois passes para gols. Passes de camisa 10. O primeiro deles foi no jogo contra a Coreia do Sul, em Seul, quando Estêvão abriu a contagem, e o segundo foi nesta terça-feira, para Paulo Henrique, do Vasco, no primeiro gol do Brasil, antes da reação dos japoneses. Mas a seleção carece de um armador. Paquetá tentou fazer o trabalho.

Ancelotti tem deixado o time titular em campo o máximo que pode. Isso mostra uma de suas características. O técnico não pretende chamar muito mais jogadores. Vai treinar o que tem no elenco. Sua lista está sendo formada com bons atletas, mas que ainda precisam de orientações táticas e de posicionamento, de leitura rápida do jogo e reação imediata. Contra o Japão, o time demorou para reagir. O mais importante, no entanto, é a forma de a seleção atuar. O Brasil é mais compacto e mais ofensivo ao mesmo tempo. Mas tem muito a melhorar ainda. O setor mais fraco é a armação.

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Há a percepção também de que os jogadores estão mais envolvidos com o time e com as ideias do treinador e seu maior objetivo, que é ganhar a Copa do Mundo. Tudo é muito cedo. Foi a sexta partida de Ancelotti no comando do Brasil. O time terá mais quatro jogos antes da competição.

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