O presidente da CBF Samir Xaud disse que não voltará atrás em sua decisão de formatar os Estaduais de 2026 em até 11 datas. Ele já conversou com os clubes e com os presidentes das federações. Cada Estado brasileiro poderá decidir o sistema de jogo de seu Regional, mas sempre dentro das 11 rodadas, no máximo. “O Rio de Janeiro já aceitou dez datas”, informou o dirigente ao SporTV nesta terça-feira.

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O Paulistão foi quem mais relutou para reduzir suas datas, de 16 para 11. Mas é assim que vai ser, de acordo com Samir Xaud. O presidente da CBF, no entanto, se disse contrário ao fim dos Estaduais. Segundo ele, em sua gestão, até 2029, isso não vai acontecer. O dirigente informou que sua decisão vai no sentido contrário do fim dos Regionais.

Samir Xaud trabalha nos bastidores para reduzir as datas do calendário anual do futebol brasileiro / CBF

Ele enxerga as competições necessárias para muitos clubes do país, de modo a ajudar no que for preciso para que os torneios não percam valorização do produto e também financeira.

Não volto atrás na minha decisão. É isso que vai ser: até 11 datas. Mas acho essencial disputar os Estaduais. Não há possibilidade de acabar com eles.
SAMIR xAUD

Samir entende que os grandes clubes do Brasil devem fazer de seis a oito jogos nos Campeonatos Estaduais. Mas isso não será possível nesse primeiro acerto das datas. O Paulistão perderá cinco datas.

CBF vai mexer na Copa do Brasil

O presidente da CBF também afirmou que vai mexer no calendário da Copa do Brasil e da Libertadores, sempre para reduzir partidas. E dar uma valorizada na Série D. Na Copa do Brasil, é bem provável que ele tire jogos de ida e volta em algumas fases, valorizando o jogo único. Em relação à Libertadores, ele negocia, por ora, com a Conmebol uma vaga a mais para os clubes brasileiros. Para isso, abriria mão de disputar a fase inicial da competição, chamada no Brasil de pré-Libertadores.

Árbitros brasileiros passam por reciclagem em tempo integram, com palestras e clínicas recorrentes / CBF

Mexer no calendário é sua maior bandeira desde que assumiu o comando da CBF. Os Estaduais vão se ajustar de acordo com a realidade de cada Estado. Para barganhar com a Confederação Sul-Americana de Futebol, Samir Xaud vai usar a informação de que o futebol brasileiro oferece 65% dos ganhos da entidade com sede no Paraguai. Ou seja: a Conmebol precisa entender a necessidade do futebol no Brasil para não perder receita.

O que fazer com a arbitragem?

Samir tem outro calcanhar de Aquiles, a arbitragem, quase sempre questionada após as partidas. O sistema de impedimento semi-automático é uma das possíveis soluções. O dinheiro já está reservado para comprar a tecnologia para a próxima temporada. Ela será usada no Brasileirão e na Copa do Brasil, em princípio. Há ainda clínicas com árbitros espalhados pelo país. Ele disse que o Brasil tem a melhor versão do VAR.

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O cartola comentou também que pretende apostar no futebol feminino, com mais investimentos e premiações num curto espaço de tempo. O país vai sediar a Copa do Mundo em 2027. A CBF tenta motivar novos patrocinadores e não abre mão do desenvolvimento das meninas na base.

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