Torcedores do Santos e do São Paulo, clubes que planejam reformar seus campos na Vila Belmiro e no Morumbi devem observar atentamente o que acontecerá com o Estádio Giuseppe Meazza, em San Siro, a principal arena esportiva de Milão. Mais do que o surgimento de uma arena com contornos modernos, o que sucederá será uma transformação urbanística na região.
O pontapé inicial para o projeto sair do papel foi dado em uma votação apertada, na madrugada desta terça-feira, dia 30, quando os vereadores da Câmara Municipal de Milão deram sinal verde para a venda do estádio da maior cidade italiana. Sai o poder público, entram em ação os dois principais clubes da cidade italiana, a Internazionale e o Milan, que até então eram inquilinos, mas sem maiores poderes para agir.

Através de seus controladores, os fundos de investimento americanos Oaktree e Redbird pagarão cerca de R$ 7,2 bilhões para comprar e transformar o estádio. O San Siro é de 1926. Sua última reforma ocorreu para a Copa do Mundo de 1990.
Milão vai ganhar novo bairro
Com isso, se abre caminho para uma grande reestruturação, a partir de 2027. Este projeto será liderado por um ícone entre os escritórios de arquitetura, o renomado Foster + Partners, comandado pelo inglês Sir Norman Foster. Em parceria com outro craque dos projetos, o italiano David Manica, a compamhia desenvolveu um trabalho de reurbanização para revitalizar uma área com 281 mil metros quadrados. Assim, receberá edifícios residenciais, hotéis e áreas comerciais, que mudarão a face do bairro.

O novo estádio, que terá dois andares e capacidade para 71.500 pessoas, será o destaque da região. Portanto, deverá vir coisa boa, considerando que também saiu das mentes da equipe de Forster ícones como o novo estádio de Wembley, em Londres, e o Lusail, em Doha, onde aconteceu a final da Copa do Mundo de 2022, no Catar.
Inauguração é para 2031
Entretanto, até a inauguração da nova arena, em 2031, que será um dos principais palcos dos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão e Cortina d’Ampezzo, os dois clubes de futebol mais populares da cidade continuarão utilizando o antigo estádio, como se nada estivesse mudando. Seguindo um conceito semelhante ao que ocorreu na cidade do Porto, em Portugal, que demoliu o antigo Estádio das Antas e construiu o Estádio do Dragão, o’Giuseppe Meazza’ permanecerá em operação até a finalização da nova arena. Isso será possível porque ela ficará situada em um terreno adjacente, hoje utilizado como área de estacionamento.
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Assim, após a conclusão do novo estádio de San Siro, o antigo será demolido cerca de doze meses depois. Tudo será derrubado, exceto o Canto Sudeste. Parte da arquibancada Laranja e um trecho da Curva Sud serão transformados em um museu para preservar a história e objetos do lugar. Em 2032, quando a Itália sediar a Eurocopa, com a Turquia, o novo San Siro está previsto para ser um dos principais estádios do torneio. De modo que Milão terá ganhado uma área revitalizada e atraente.